O que acontece com quem fala o que quer? Isso mesmo: ouve o que não quer. O presidente da Proview saiu gritando para quem quisesse ouvir que eles é quem tem o direito da marca “iPad” na China — a empresa pretende processar a Apple nos Estados Unidos, exigindo compensações de até US$2 bilhões.
Só que a Apple cansou de apanhar e enviou uma carta para Yang Rongshan, exigindo que a empresa pare de passar falsas informações para a mídia, ameaçando ainda processá-la pelos possíveis danos causados por declarações difamatórias.
Esta é para quem fala chinês!
Em um trecho da carta, temos (grifo nosso):
É inapropriado liberar informações contrárias aos fatos para a mídia, especialmente quando tais publicações têm o efeito injusto de causar danos à reputação da Apple.
Dar declarações falsas à imprensa para inflamar a situação está afetando negativamente os interesses das partes na busca de qualquer resolução da questão. Em nome da Apple, reservamos formalmente todos os direitos para mais uma ação legal contra pessoas e entidades que possam nos causar danos resultantes de declarações difamatórias e ações ilícitas destinadas a interferir injustamente nos negócios e relações comerciais da empresa.
Enquanto isso, Rongshan insiste que a subsidiária taiwanesa não poderia vender os direitos da marca “iPad” para a Apple sem a autorização da Proview, contudo, documentos mostram que Rongshan sabia das conversas entre as empresas.
Só que, se juntarmos a parte destacada acima com uma declaração de Xie Xianghui, advogado da Preview, na qual ele afirma que as empresas estão se preparando para negociar, tudo leva a crer que teremos uma solução para o caso antes mesmo do dia 29 de fevereiro, quando sairá o veredito da disputa.
Em uma nota relacionada, a decisão do tribunal da cidade de Huizhou — que baniu a venda de iPads — é relacionada apenas a um único fornecedor (Sundan), minimizando bastante o impacto da injunção.
[via PCWorld]