Sem dúvida nenhuma, a tela Retina foi a principal novidade (pelo menos comercialmente falando) do novo iPad — afinal, o 4G só é 4G mesmo nos Estados Unidos e no Canadá. Ela conta com uma resolução de 2048×1536 pixels (o dobro do iPad 2), colocando 3,1 milhões de pixels em 9,7 polegadas — trabalho digno de aplausos, um feito antes duvidado por muitos.
Não é fácil explicar como a Apple conseguiu fazer isso, tecnicamente falando, contudo, especialistas da DisplaySearch elucidaram um pouco as coisas para meros mortais que, assim como eu, não se formaram em exatas e não se dão tão bem assim com números. 😛
Para início de conversa, foi complicada a tarefa para as fornecedoras da Apple (Samsung, Sharp e LG Display). Ao que tudo indica, muitos testes foram realizados, e os 264ppi parecem mesmo ser o limite suportado pelas telas — aquela história de displays IGZO da Sharp parece ser verdadeira, contudo a tecnologia não passou pelos testes da Apple. Mesmo comunicando na página de especificações do gadget que ele utiliza uma tela IPS (In-Plane Switching), acredita-se que algumas das fornecedoras trabalhem também com a tecnologia FFS (Fringe Field Switching).
Para iluminar toda essa nova tela, foi preciso dobrar o número de LEDs — aquelas duas barras de que já comentamos. Assim, o novo iPad conta com 72, aumentando bastante o consumo do gadget. Felizmente, a bateria também trouxe avanços significativos, o que permitiu a implementação dos novos recursos.
A tela Retina conta também com um design de pixels chamado SHA (Super High Aperture), permitindo à Apple colocar mais quatro pixels onde antes tínhamos apenas um, evitando interferências ou queda na qualidade da imagem.
Veja este vídeo da Apple para entender como ela construiu seu Retina Display.
O interessante disso, mais uma vez, é que a Apple não foi a primeira a utilizar a tecnologia. Todavia, muito provavelmente ela será a responsável por disseminá-la no mercado.
Alguns podem dizer que a tela do novo iPad não é Retina, já que no iPhone a densidade de pixels é de 326ppi, enquanto que na tablet é de 264ppi — na teoria, o olho humano deixaria de reconhecer os pixels em 300ppi. Só que muitos esquecem que, no iPad, a distância de uso é bem superior à do smartphone. Assim, não precisamos ter a densidade absurda encontrada no iPhone.
E, antes que alguns reclamem, tela Retina nada mais é do que um nome comercial dado pela Apple, para informar que o display é absurdamente bom e que, uma vez experimentado, você não conseguirá mais usar outro gadget que não seja Retina. 😛
Resta saber se, com a dificuldade de produzir um display desses, a Apple conseguirá suprir a demanda — alguém tem dúvidas de que o novo iPad será um sucesso de vendas?#epicFAIL
[via AppleInsider]