Não foi só a iFixit que desmontou o novo iPad. A Chipworks também fez o seu teardown e nos trouxe algumas informações interessantes a respeito da tablet da Apple.
Eles descobriram que o novo processador da Maçã é fabricado em uma arquitetura 45nm, a mesma de seus antecessores (A4 e A5). Contudo, diferentemente dos “antigos”, nesse a memória física foi deslocada, ficando em frente à placa-mãe. Ele também cresceu 36,5%, e o grande culpado disso foram os gráficos quad-core.
Enquanto a unidade desmontada pela iFixit apresentou DRAM da Elpida, o aparelho da Chipworks continha memória da Samsung — sempre ela.
O sensor da câmera iSight, fabricado pela OmniVision (OV5650
), é o mesmo utilizado no iPhone 4. A câmera FaceTime frontal de 0,3 megapixel é produzida pela mesma empresa, sendo idêntica à encontrada no iPad 2 (OV297AA
).
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A IHS iSuppli fez o tradicional estudo das peças a fim de descobrir o preço real de fabricação do produto (BOM — Bill of Materials) — ele ficou relativamente próximo à estimativa da UBM TechInsights.
Um novo iPad Wi-Fi com 16GB custa, para a Apple, US$316,05 (incluindo a manufatura); já o modelo mais caro (Wi-Fi + 4G com 64GB) custa US$408,70. O componente mais caro é a nova tela Retina (US$87), enquanto o mais barato é a embalagem (US$5,50) — lembrando sempre que os custos relacionados a marketing, transporte, publicidade, entre outros, não entram na tabela. Se os valores forem corretos, o novo iPad diminui consideravelmente as margens de lucro da companhia.
Comprovando que, apesar das diversas brigas nos tribunais, Apple e Samsung não conseguem (ainda?) viver uma sem a outra, a iSuppli disse que a bateria do gadget também é fabricada pela sul-coreana, o que provavelmente faz a empresa abocanhar praticamente 50% do custo de produção de um novo iPad — os advogados de ambas agradecem!