Se tem um tipo de indivíduo muito comum em filas de lançamentos grandiosos da Apple que não loucos pela empresa, como nós, são cambistas/contrabandistas — a maioria deles, asiáticos. Com o novo iPad não foi diferente, mas o que eles não esperavam é que, cada vez mais, a Apple está conseguindo se planejar para dar conta da demanda.
Nos primeiros dois dias após o lançamento do novo iPad muitos começaram a questionar se a procura pelo produto não estava tão boa quanto o esperado, pois diversas lojas ainda dispunham de certos modelos em estoque. Todavia, conforme a própria Apple já anunciou, não foi isso que aconteceu: com mais de 3 milhões de iPads vendidos somente no seu primeiro final de semana, ela mostrou que o que aconteceu foi que ela conseguiu de fato produzir um estoque suficiente para dar conta da demanda inicial pelo produto e de proporcionar uma expansão internacional rápida para ele.
Aliás, este é outro ponto importantíssimo do lançamento do novo iPad: entre os dez primeiros países que receberam o produto na primeira leva já estava Hong Kong, um dos principais pólos de contrabando e revenda de iGadgets entre cambistas. Some isso ao fato de os estoques estarem livres, e podemos concluir que a Apple conseguiu, numa tacada só, não apenas satisfazer os consumidores que queriam pôr as mãos no brinquedinho o mais rápido possível, como também praticamente detonar esse mercado paralelo e injusto.
A foto que vocês veem ao lado, compartilhada pelo MacRumors, mostra exatamente isso: todos os dias, lojas da Maçã como a da Quinta Avenida, em Nova York, estão sendo formadas por filas de chineses devolvendo iPads — o que é permitido dentro da lei americana e das políticas da Apple, dentro de um prazo de até duas semanas após a compra. Isso porque eles simplesmente não estão conseguindo revendê-los, ou se estão é para ganhar merreca.
De acordo com um leitor do site, teve gente devolvendo até 30 iPads de uma só vez. Bizarro.