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Auditorias da Fair Labor Association em instalações das parceiras da Apple colocam outras fabricantes em situação desconfortável

Intervalo para refeição em uma das instalações da Foxconn

Ontem falamos sobre o primeiro relatório da Fair Labor Association, o qual trouxe relatos de diversos problemas dentro das fábricas da Foxconn, parceira da Apple. Ambas estão dispostas a resolvê-los, e farão isso até o início do ano que vem — pelo menos foi o prometido.

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Intervalo para refeição em uma das instalações da Foxconn

Intervalo para refeição em uma das instalações da Foxconn.

A mídia como um todo — especialmente os grupos de direitos humanos — reagiu positivamente ao relatório, elogiando a postura da Maçã. O problema, como bem falou o Meg Roggensack, do grupo Human Rights First, é que, sozinha, a Apple não tem como resolver isso [grifo nosso]:

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[Esse acordo] vai salvaguardar a saúde e o bem-estar dos empregados da companhia, trazendo condições de trabalho em conformidade com normas básicas de direitos humanos. A chave para o sucesso do relatório, no entanto, será a implementação deste acordo. Falar é fácil. Difícil são os passos necessários para proteger os trabalhadores na cadeia de fornecimento da Apple

Todas as empresas que fazem negócios com a Foxconn, o maior empregador da China, devem tomar medidas imediatas para seguir o exemplo da Apple e insistirem para que as condições de trabalho em cada uma das fábricas da empresa atinja este novo padrão da indústria. As empresas têm a responsabilidade de enfrentar a dura realidade das práticas atuais de produção e devem se comprometer a revertê-las, para que seus produtos sejam — não apenas no aspecto técnico, mas em termos humanos — fantásticos.

Bote nesse bolo Amazon, Dell, Hewlett-Packard (HP), Intel, Microsoft, Motorola, Nokia, Sony e muitas outras. Só que para Paul Martyn, vice-presidente de estratégia de suprimento da BravoSolution, a coisa não é tão simples. Isso porque, se a decisão da Apple incitar algo na concorrência, a margem de lucro dessas empresas terá que diminuir. Obviamente isso também é um problema para a Maçã, contudo, as margens dela são bem altas, e a manufatura representa pouco desse montante. Pegando o iPhone como exemplo, o custo da montagem é de mais ou menos US$10.

Não sabemos se o mesmo acontece com a concorrência, e mais: será que todas estão dispostas a embarcar nessa? Somente o tempo irá dizer.

[via Cult of Mac: 1, 2]

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