Cotonete, aspirina, gilete, bombril, chiclete, iô-iô, zíper e outros são exemplos de marcas que viraram vocábulos comuns do nosso dia-a-dia, sinônimos dos produtos os quais representam. Não procuramos no mercado uma “haste flexível”, uma “goma de mascar” ou uma “lâmina de barbear”, e o mesmo também aconteceu lá fora com outras marcas como Escalator, Thermos e até Heroin.
Algumas poucas empresas correm há tempos o risco de seguir o mesmo caminho, mas ainda conseguem se segurar: Band-Aid (da Johnson & Johnson), Kleenex (da Kimberly-Clark), Jell-O (da Kraft) e Xerox são algumas que podemos citar. Em breve, a Apple poderá se ver no meio dessa luta, também.
Especialistas dizem que, aos poucos, “iPad” está se tornando tão genérico para “computador tablet” quanto qualquer um dos produtos supracitados. Alguns dizem que o mesmo já está acontecendo com o iPhone, mas eu discordo; dos iProducts recentes, acho que além do iPad o que chegou mais próximo disso foi o iPod, como sinônimo de “MP3 player” — até porque tanto ele quanto o iPad dominam seus respectivos segmentos com bastante folga.
A questão é muito paradoxal: depois de investir muito para conseguir inventar e colocar no mercado algo bacana/inovador, empresas gastam mais milhões para promover o produto e aí, se a coisa se torna grande/disseminada demais, podem perder os direitos sobre a sua marca. Já imaginaram, um consumidor indo a uma loja comprar “um iPad da Samsung”? o.0
Como não há uma definição exata de quando ou por que esse tipo de coisa pode acontecer com uma marca, cabe a suas detentoras lutar pelos seus direitos e provar os motivos pelos quais merecem continuar detentoras exclusivas de tais nomes. No final das contas, porém, é possível que isso tudo seja até benéfico para a Apple, frente à sua batalha contra a Proview na China. Será?
[via Fox News]