Em novembro de 2019, Apple e Intel se uniram em uma ação contra o Fortress Investment Group, uma empresa subsidiada da gigante de telecomunicações japonesa SoftBank, alegando que ela era essencialmente uma “patent troll”.
Esse termo é conferido a empresas que compram patentes de terceiros ou “inventam” as suas próprias, porém sem o intuito de criar algum produto/serviço real — a ideia, aqui, é denunciar aqueles que, por ventura, acabem criando algo parecido e ganhar um bom dinheiro com isso.
O Fortress foi acusado de estar por trás de uma série de processos por violação de patentes envolvendo a Apple. Em um desses casos, a Maçã havia sido intimada a pagar cerca de US$2,75 por aparelho vendido que infringisse tais patentes.
Após cerca de um ano e meio nesse imbróglio, a Apple emitiu uma nota confirmando a sua saída da ação contra o Fortress, deixando a codemandante Intel sozinha no processo — a Intel, aliás, já havia entrado com uma ação contra o Fortress em outubro de 2019, mas a deixou de lado justamente para iniciar essa nova junto à Maçã.
A saída da Apple do processo indica que um acordo entre as duas deve ter ocorrido em algum momento. Eis o que disse o blog FOSS Patents, especializado no assunto:
Para a Apple, o principal benefício desse recuo estratégico é que agora ela é consistentemente um réu antitruste o qual argumenta que os detentores de direitos de propriedade intelectual não devem ser restringidos na maneira como exploram seus ativos.
Não coincidentemente, com a saída da Apple do processo contra o Fortress, diversas ações judiciais em andamento envolvendo a Uniloc (uma das empresas subsidiárias do grupo) foram também retiradas da pauta do tribunal.
Esse é um caso um tanto quanto diferente, no qual a Apple não é a ré (como na briga contra a Epic Games), e sim a autora do processo.
via AppleInsider