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Apple Park terá Centro de Desenvolvedores, revela Phil Schiller

O primeiro dia de testemunho do executivo no caso contra a Epic Games trouxe alguns dados interessantes
Bloomberg
Phil Schiller

Hoje foi iniciada a terceira semana da batalha judicial entre a Apple e a Epic Games, e, como já esperávamos, a coisa toda ainda está longe de terminar — para se ter uma ideia, só hoje, com o fim das considerações e acusações da Epic, a Maçã começou oficialmente a expor sua defesa e suas testemunhas.

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Quem abriu a rodada de defesa da Apple foi Phil Schiller, até recentemente um dos principais executivos da empresa e hoje, em processo de aposentadoria, dono do título de Apple Fellow. O testemunho de Schiller, que poderá levar até 11 horas e ainda está em andamento, gira em torno da criação da App Store e as diretrizes da loja — aspectos aos quais ele, como ex-vice presidente de marketing global da Maçã, está diretamente ligado.

Centro de Desenvolvedores

Um dos anúncios mais notáveis feito pelo executivo foi o de que a Apple está construindo um Centro de Desenvolvedores no seu campus em Cupertino.

Ainda não há mais detalhes sobre isso, mas o espaço deverá ser uma espécie de expansão dos Developer Compatibility Labs — laboratórios mantidos pela Maçã na última década, já descontinuados, os quais permitiam que desenvolvedores testassem seus produtos de software ou hardware com os dispositivos da empresa.

Segurança

Em seu testemunho, Schiller compartilhou também alguns outros dados sobre a App Store, a relação da Apple com os desenvolvedores e mais.

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Ele reiterou, por exemplo, que a segurança foi a principal preocupação da Apple desde o princípio da criação do iPhone — segundo o executivo, a companhia sabia desde o começo que estava desenvolvendo um dispositivo “capaz de coisas novas” e que “guardaria informações que os usuários não estavam acostumados a levar em seus bolsos”.

Jailbreak

Essa mesma filosofia foi aplicada com a criação da App Store — que, segundo Schiller, veio de fato após uma forte manifestação dos desenvolvedores para que a empresa abrisse o iPhone a aplicações de terceiros.

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O executivo falou ainda da prática do jailbreak: nas palavras de Schiller, o processo resulta em dispositivos “instáveis e não confiáveis”, e que é tarefa da Apple garantir que cada iPhone em operação no mundo funcione de forma confiável.

Apple Developer Program

Ainda nas palavras de Schiller, a taxa de US$100 — cobrada anualmente pela Apple a todos os desenvolvedores do seu ecossistema — tem um efeito simbólico: provar que cada aplicativo é importante e que os desenvolvedores levam a sério a criação de apps de qualidade.

Schiller informou à corte, também, que existem hoje cerca de 280 mil jogos na App Store — 17% dos quais adotam o mesmo modelo freemium de Fortnite, ou seja, são gratuitos para baixar e ganham dinheiro comercializando itens internos. Segundo o executivo, o destino de todos esses apps (mais de 50 mil, no total) depende das decisões que serão tomadas pelo tribunal.

Investimento na WWDC

O executivo falou ainda sobre a WWDC (Worldwide Developers Conference) — ou, mais precisamente, sobre a montanha de dinheiro investida pela Maçã na conferência todos os anos: segundo Schiller, a empresa gasta cerca de US$50 milhões anualmente para realizar o evento.

Pesquisa e desenvolvimento

Já em termos de pesquisa e desenvolvimento, os investimentos são bilionários: segundo Schiller, a Apple gastou nada menos que US$100 bilhões na área entre 2005 e 2020 — só no ano passado foram US$18 bilhões, indicando um crescimento progressivo dos investimentos da Apple no setor.

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O testemunho de Schiller deverá prosseguir até amanhã, e os próximos executivos da Maçã na corte serão Craig Federighi e Tim Cook — ambos provavelmente no fim desta semana ou no início da próxima. Ou seja: os próximos dias serão bem interessantes de se acompanhar.

via MacRumors, Bloomberg

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