Veja só que coisa: inicialmente muitos poderiam imaginar que o sucesso do iPhone aumentaria apenas com a sua chegada a mais países, mas as suas vendas na França mais do que dobraram nos últimos meses só porque a Orange perdeu a exclusividade do aparelho, agora comercializado também na Bouygues Telecom e na SFR.
O mercado de telefonia celular francês, assim como o de diversos outros países europeus, é bastante fragmentado — isto é, não há uma operadora dominante, com um forte diferencial. Por isso, a oferta disseminada do aparelho contribuiu para que a França rapidamente se tornasse o país de maior popularidade para o iPhone na Europa. Só no último trimestre, foram 600 mil unidades vendidas, segundo a Gartner.
Esse fenômeno também já se manifesta no Reino Unido — onde a O2 detinha exclusividade, agora já conta com a companhia da Orange e até 2010 verá a entrada também da Vodafone — e até mesmo no Canadá. A maior prejudicada na história toda? A Research In Motion. De acordo com analistas, BlackBerries enfrentam agora a concorrência pesada de um aparelho super completo e funcional, e, quando descarta-se a necessidade de o cliente migrar de operadora, a balança acaba pendendo mais pro lado do smartphone da Maçã.
Para a Apple, o cenário não poderia ser melhor: no começo, ela teve mesmo que assinar contratos de exclusividade com operadoras do mundo todo, para garantir o apoio ao seu produto ainda desconhecido. Agora quem dita as regras é ela, e evidentemente o seu maior interesse é ver o iPhone disponível no maior número possível de mercados e telecoms em todo o globo.
[via MarketWatch]