Nos Estados Unidos, as tensões civis por conta do racismo estrutural e dos casos de violência policial, catalisadas após o assassinato de George Floyd, continuam altíssimas — e, como costuma acontecer em momentos de profunda revolta, uma faísca pode desencadear uma série de explosões.
Foi o que aconteceu ao longo da última noite em Chicago: tudo começou quando a polícia atirou em um homem de 20 anos no fim da tarde de ontem (9/8), em meio a uma suposta troca de tiros. O homem está fora de perigo, mas mensagens em redes sociais logo se espalharam convocando os cidadãos a protestarem porque, de acordo com as mensagens, o homem era na verdade um jovem desarmado de 15 anos — fato posteriormente negado pela prefeita de Chicago, Lori Lightfoot.
O cenário, entretanto, já estava armado: ao longo da noite, a cidade foi tomada por casos de violência, tumulto e confrontos. Não houve um protesto organizado, como vimos nas últimas semanas nas ações do movimento Black Lives Matter, e sim ações individuais ou de pequenos grupos — ou seja, terreno fértil para todo tipo de crime.
Em meio ao tumulto, várias lojas acabaram sendo saqueadas; entre elas, a Apple Lincoln Park, no centro de Chicago. A repórter Sarah Jindra compartilhou filmagens de um dos momentos em que a loja foi invadida:
Fotos publicadas pelo usuário Frank Calabrese, no Twitter, mostram o espaço na manhã seguinte — cheio de vidros quebrados e com todos os produtos retirados das suas mesas e prateleiras:
Naturalmente, a loja da Maçã não foi a única afetada pelos saqueadores: usuários das redes sociais compartilharam filmagens de vários outros estabelecimentos invadidos ao longo da noite. De acordo com o New York Times, mais de 100 pessoas foram presas nas últimas horas; as pontes para o centro da cidade chegaram a ser levantadas para evitar a chegada de mais pessoas ao local. Dois civis ficaram feridos nos confrontos, mas estão fora de perigo.
Que situação…