O MacBook Pro com tela Retina, lançado durante a WWDC 2012, é incrivelmente fino para a quantidade de processamento que ele pode manipular. Para alcançar esse design, os engenheiros da Apple tiveram que espremer/colar/soldar todos os componentes internos ao máximo.
Por conta disso, o dispositivo foi duramente criticado pela iFixit, que deu nota 1/10 para ele no quesito reparabilidade — para eles, o notebook é o menos reparável e o menos reciclável do mercado.
Contudo, apesar de ser bastante difícil de abrir um MacBook Pro com tela Retina, e assim reciclá-lo, ele foi aprovado pela classificação EPEAT. Essa é uma conquista importante para a Apple, já que muitas organizações governamentais e companhias utilizam somente computadores “verdes” aprovados pela classificação ambiental.
Kyle Wiens, CEO e fundador da iFixit, achou a aprovação um pouco estranha, já que ele enfrentou diversos obstáculos para poder desmontar o novo MacBook Pro. Em um longo artigo no blog do iFixit, Wiens escreveu:
O MacBook Pro Retina da Apple — o menos reparável e menos reciclável computador que eu já encontrei em mais de uma década desmontando eletrônicos — acabou de ser verificado como “Ouro”, junto a outros quatro ultrabooks. Essa decisão mostra que o padrão EPEAT foi diluído para um nível alarmante.
Com uma bateria colada à carcaça, dispositivos de armazenamento que não podem ser atualizados e grandes placas de circuito difíceis de remover, Kyle não entende como o MacBook Pro ganhou o certificado.
Ele não foi o único. O Greenpeace também publicou suas críticas à aprovação. A organização não-governamental acredita que a aprovação de “computadores com baterias difíceis de serem trocadas” resultará em menos reciclagem e mais lixo eletrônico.
Tornando produtos mais finos e leves, a Apple está deixando um enorme rastro no meio ambiente. Logo, com a aprovação de notebooks como o MacBook Pro com tela Retina e o MacBook Air, a validade do certificado EPEAT está sendo colocada em xeque.
[via TNW]