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Preço e maior performance gráfica motivaram Apple a manter o MacBook Pro de 13″ com chip Core 2 Duo

MacBooks Pro de lado, focado em performance de jogos

Para quem não acreditou no email de Steve Jobs sobre os motivos que levaram a Apple a manter um MacBook Pro com os (agora “antigos” :-P) processadores Core 2 Duo, o Ars Technica fez uma interessante análise que expõe motivos para isso comparando o hardware interno dos notebooks profissionais da Maçã. Muitos queriam que _todos eles_ fossem atualizados com os últimos chips da Intel, mas, no caso dos modelos de 13 polegadas, fica claro que isso não foi possível devido a custos e, principalmente, à manutenção de um nível respeitável de performance gráfica.

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MacBooks Pro de lado, focado em performance de jogos

Só pra concordar com quem odiou com a iniciativa da Apple, é fato que equipar um MacBook Pro de 13 polegadas com um processador Core i3 ou i5 é possível. O problema é que, nesse caso, o preço de entrada dele ficaria bem maior do que os usuários estavam habituados a pagar no passado — há de se concordar que esse modelo de notebook não é parrudo, mas é uma boa porta de entrada para usuários profissionais devido às opções de memória (até 8GB) e armazenamento (até 512GB via SSD) que ele oferece.

No que diz respeito ao desempenho gráfico, a escolha do Core 2 Duo emerge como outro benefício. Por meio dele, a Apple foi capaz de oferecer gráficos integrados de alta performance para os seus usuários desde o final de 2008, quando adotou a NVIDIA GeForce 9400M pela primeira vez. Agora, com a sua sucessora (320M), a performance dessas máquinas para jogos e tarefas que fazem forte uso da GPU tornarou-se bem superior (conforme já noticiado) e foi garantida maior autonomia de bateria — até dez horas.

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Se a Apple migrasse os MacBooks Pro de 13″ para um processador Intel dentro das linhas Core i3, i5, os gráficos integrados obrigatoriamente seriam limitados aos dos próprios processadores — e todo mundo sabe que a Intel não se equipara à NVIDIA nesse quesito. Devido à guerra judicial que as duas vêm sustentando na justiça há meses, não é possível usar uma GPU integrada dispensando-se os requisitos que as CPUs exigem, o que seria uma solução para o caso da Apple.

“Ah, mas a Apple podia ter colocado uma GPU dedicada, como nos outros MacBooks Pro!” Bom, se ela pudesse fazer isso, já teríamos MacBooks Pro de 13″ com duas GPUs há muito tempo. Mas não precisa ser nenhum especialista em eletrônica para concluir que, com base no próprio layout interno da geração anterior do portátil, não existe espaço algum para isso.

Placas-mãe de MacBooks Pro, com o processador Core 2 Duo destacado em vermelho e as GPUs 9400M e 9600M GT em verde e azul. Todos eles foram produzidos em 2009.

Os novos chips da Intel com gráficos integrados são maiores que os Core 2 Duo, por isso eles se encaixam bem nos MacBooks Pro de 15″ e 17″ ao substituir a GPU integrada da NVIDIA e manter outra dedicada para maior desempenho. Porém, no caso do modelo de 13″, até mesmo a sua geração anterior estava compactada ao limite; dessa forma, seria impossível adicionar outra GPU ao seu layout interno — a não ser que a Apple aumentasse a placa-mãe dele e ignorasse a possibilidade de oferecer uma bateria com duração de dez horas para seus usuários, mas isso também não agradaria, certo? 😉

É isso, pessoal: no que diz respeito a engenharia de computadores, não há como fazer milagres. Por outro lado, eu não me arrependeria nem um pouco de comprar o menor dos MBPs: com a possibilidade de configurá-lo com um SSD e até 8GB de memória, todos os apps profissionais que uso no dia-a-dia ficariam bem mais velozes do que estou habituado a notar em um MacBook branquinho — o qual não tenho intenção de largar por nada, no momento.

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