por Bruno Carvalho, editor-chefe do blog Ligado em Série
a “oficial” está em reforma). Considerando que já tinha passado das 16 horas, perguntei despretensiosamente a um vendedor se ainda havia estoques do iPad mini.
Ontem à tarde estava no Mall at Millenia, em Orlando, e passei pela loja improvisada da Apple localizada no segundo piso (enquantoNo meio da confusão, os “gênios” da Apple responderam que “sim”, que “não” e até que só haviam apenas modelos Wi-Fi de 64GB. Insistindo, porém, descobri que a loja estava com os últimos dois modelos de iPads mini brancos de 32GB. Rapidamente peguei uma senha e fui atendido por um vendedor que se encarregou de trazê-lo e exclamar que aquele era o penúltimo iPad mini da loja.
Eu havia “brincado” com os dois iPads mini que estavam em display e gostei muito do que vi, à primeira vista. O branco me chamou mais a atenção, pois o preto se parece muito com um Kindle, especialmente a sua parte traseira. Como “heavy user” dos iPads de primeira e segunda gerações, eu estava bem cético com relação ao lançamento desse modelo compacto, mas diante da disponibilidade decidi levá-lo de presente para minha namorada, que queria um iPad há um tempo.
Chegando de volta ao hotel, comecei a usá-lo com maior intensidade e foi aí que senti a positiva diferença em relação aos seus antecessores: além do peso consideravelmente menor, ele ainda possui bordas bem mais finas, elegantes e um acabamento impecável. Segurá-lo é muito, mas muito confortável. Embora seja possível mantê-lo em apenas uma mão (como anunciado pela Apple), é obviamente necessário operá-lo com as duas. A tela, por manter a mesma resolução do iPad 2 (de 9,7 polegadas) nesta menor (de 7,9 polegadas), dá uma sensação relativamente próxima à tela Retina do iPad de terceira geração.
Em termos de uso não vi nada que comprometa a experiência de quem já estava acostumado com os modelos maiores. Pelo contrário, já que o peso, o tamanho e as bordas menores influenciam muito na digitação. A escrita no iPad é mais fluida, seja em modo retrato ou paisagem (especialmente neste último). E finalmente é possível digitar no iPad sem ter que usar o teclado partido ou ficar fazendo malabarismo com os dedos quando ele não está apoiado em uma mesa. Os apps continuam rodando na mesma proporção, o hardware é veloz e até agora não tenho nada a reclamar.
Senti falta, contudo, de uma Smart Case que envolva o aparelho todo, e já é um problema ter que lembrar de comprar os adaptadores para o conector Lightning para poder utilizá-lo com acessórios antigos, especialmente carregadores. Eu concordei com Steve Jobs quando ele disse que a Apple não lançaria um modelo menor de iPad e sempre torci o nariz para as tablets Android menores. Hoje, ao segurar e usar o iPad mini, quero sinceramente aposentar de vez o meu velho (e agora “gigante”) iPad 2.
Apesar de os preços do iPad mini terem ficado um pouco acima do que muitos esperavam, creio que a diferença ainda é grande em relação aos modelos maiores e, até pelos diferenciais do novo formato, acredito que essa nova linha irá mesmo vender que nem banana.
Esperemos que, quando ela aterrissar no Brasil, não tenhamos nenhuma surpresa. Ou, se tivermos, que ela seja positiva.