Há uma semana a gigante de Cupertino anunciou uma [grande] alteração no seu corpo de executivos. A Apple já havia apresentando mudanças em seu ritmo há algum tempo e essa foi, sem dúvida, uma das maiores. Dentre elas, a substituição de um dos executivos que participou da criação da “galinha dos ovos de ouro” da Maçã, que serviu de base para tantos outros produtos que a fizeram disparar em crescimento nos últimos anos, foi no mínimo uma atitude arriscada, e provou que Tim Cook tem fibra, mostrando que está regendo um novo ritmo para a companhia.
O cronograma de atualizações de certa forma saturou o segundo semestre deste ano e foi também outra medida arriscada, que, apesar da sobrecarga nítida das fábricas (mostradas por escassez de produtos), fluiu muito bem. E agora o CEO, junto à sua equipe, se depara com outro grande desafio: o próximo ano. O prospecto abaixo mostra como poderá ser o ritmo comandado por Cook nos próximos meses.
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Segundo ele, novembro contará com a chegada do iTunes 11 [nomenclatura confirmada pela caixa dos novos iPads], ainda a tempo de receber também o iOS 6.1 — arrisco dizer que essas datas coincidirão com a famosa “Black Friday”. Além disso, para o último mês do ano, teríamos a terceira atualização do OS X Mountain Lion, além do tão comentado Microsoft Office para iOS.
Para iniciar 2013, o mesmo cenário de eventos que ocorreu em 2009: em janeiro, um evento voltado para o Mac. Além de uma grande atualização para as suítes iLife e iWork, ele poderá trazer um upgrade de hardware (que seria muito provavelmente a prometida atualização para os Macs Pro) e uma nova versão do OS X — aposto que ela será a última versão do sistema e que, como rumores apontaram nos últimos meses, que em 2014 poderemos ter a unificação total dele com o iOS.
Logo em meados de março, a Maçã liberaria para desenvolvedores a primeira versão de testes do iOS 6.2, que só será disponibilizado ao público mais tarde, em abril, quando o iPad de 9,7 polegadas terá sua atualização para a quinta geração — esta sim, com uma reformulação de design, seguindo o iPhone 5 e o iPad mini.
Já em junho, durante a tradicional Conferência Anual de Desenvolvedores (Worldwide Developers Conference), as apresentações deverão ser bem parecidas com as da WWDC 2012, no entanto, com muitas novidades — principalmente devido à nova direção. Imagino que a keynote poderá começar com o Phil Schiller eliminando a geração de MacBooks Pro sem tela Retina e introduzindo um novo MacBook Air com tela Retina, além de (obviamente) atualizar os MacBooks Pro. Após isso, Craig Federighi deverá subir ao palco e comandar a maior parte do evento, apresentando as últimas novidades do OS X e o novíssimo iOS 7. A apresentação dos softwares poderá contar também com o Eddy Cue, falando sobre a Siri (quem sabe sobre sua chegada aos Macs), o Maps e outros serviços.
Com sua chegada razoavelmente mais cedo do que a geração anterior, a sétima geração de iPhones deverá ser apresentada em meados de agosto, junto aos novos iPods, que deverão contar também com telas Retina. A atualização não deverá ser tão significativa (seguindo a lógica adotada até hoje) e o cenário deverá permanecer o mesmo.
Fim da transição Retina
No início de outubro, os executivos de Cupertino subirão novamente ao stage para um evento bem parecido com o que tivemos em outubro deste ano, onde a grande novidade seria o fim da transição Retina. Iniciada em junho de 2010, ainda sob o comando de Steve Jobs, a inovadora tela Retina foi ocupando lentamente todos os setores da empresa, e, depois de três anos e quatro meses de evolução, tal tecnologia estará presente em todos os produtos. Logicamente, para que isso seja verdade, a Apple apresentaria nesse evento o iPad mini de segunda geração e o novo iMac, além de um novo Thunderbolt Display, todos equipados com resolução Retina, além de outras novidades.
Após toda essa jornada de eventos de 2013, a Apple ainda teria dois meses para finalização de projetos do ano seguinte e atualizações de sistemas, até que um novo curioso evento, em janeiro de 2014, deverá introduzir uma linha totalmente nova para “TVs” — são incontáveis os rumores sobre isso, e vão desde uma “Apple TV” reformulada até a tão sonhada HDTV da Apple.
Julgando que todo — ou que boa parte dele — esse prospecto se concretizasse, estaria (mais uma vez) provado que Tim Cook criou um novo ritmo para a Maçã e, com toda a forte base de executivos que ele tem, me arrisco a dizer que os números aumentariam e bateriam ainda mais recordes de vendas e receitas em 2013. “Apenas a Apple consegue criar produtos tão extraordinários”, já diria o CEO.
A partir daí nunca se sabe quais os planos da Apple, que podem incluir até uma nova migração de processadores em Macs e coisas totalmente novas ainda fora do escopo dos rumores. É… vamos que vamos! 😉