A história do player VLC para iOS é um tanto confusa. Ele chegou à App Store em setembro de 2010 e ganhou uma versão universal (compatível com iPads e iPhones/iPods touch) um mês depois, em outubro.
No mesmo mês, Rémi Denis-Courmont, um dos principais desenvolvedores do VLC para desktops, mandou uma notificação oficial de infração de copyright para a Apple, acusando-a de distribuir irregularmente o VLC para iOS, violando a GNU General Public License (GPL). Resumindo a confusão: por ser um projeto de código aberto, o app não pode ser distribuído com DRM (Digital Rights Management ou gestão de direitos digitais).
Na época, escrevemos:
A presença do VLC na App Store era um verdadeiro atentado à liberdade, dado que o software tem uma licença GNU incompatível com o modo de distribuição de aplicativos praticado pela Apple. Mesmo sendo gratuito (logo, a Maçã tirava do próprio bolso os custos por trás de cada download), era preciso que o app fosse completamente livre de DRM para não gerar um conflito legal — daí Rémi Denis-Courmont, certamente pensando no bem dos usuários, exigiu a remoção do VLC. Conseguiu.
Em fevereiro passado, o changelog do VLC 2.0 para desktops indicou que o player estava sendo portado para o iOS, mas, de lá pra cá, nada mais foi comentado. Agora, o site francês PC INpact disse [Google Tradutor] que grande parte do código do aplicativo está sob os termos GNU Lesser General Public License (LGPL), o que torna possível a distribuição do app em ecossistemas mais fechados, como a loja da Maçã.
Será que agora vai?
[via Cult of Mac]