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Opinião: o que esperar do iOS 7

iOS 7

“Em time que está ganhando não se mexe.” Essa é uma afirmativa que, definitivamente, depende do técnico — neste caso de Tim Cook (CEO da Apple) e sua equipe de executivos. Jony Ive, um dos mais importantes deles, já provou que é um vencedor e um gênio em sua área de atuação. Mas e quanto ao novo cargo de diretor de interfaces humanas da Apple, será que podemos confiar?

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Aparentemente a mudança já começou, conforme já falamos aqui no MacMagazine. Se o aplicativo Podcasts já tiver mesmo o dedo de Jony Ive, acredito que ele começou com o pé direito nessa nova função. O resultado final ficou lindo, saindo do “skeumorfismo” para algo mais elegante, simples e direto — exatamente a marca registrada de Ive em tudo que ele trabalha na Apple. Se antes essas características eram visíveis apenas no design dos produtos da gigante de Cupertino, agora, com ele trabalhando também no visual do iOS — e do OS X —, podemos esperar por novidades, sejam elas radicais ou não.

iOS 7

Quando Steve Jobs ainda estava entre nós, Ive e ele mandavam as cartas. Tudo indica que Jobs era admirador do “skeumorfismo”, diferentemente de Ive. Os tempos agora são outros. Jobs está eternizado na história da Apple e muitas de suas características estão intrínsecas na cultura da empresa. Todavia, detalhes como esse (simular a realidade em interfaces virtuais) acabam sendo decididos por quem está no comando. E é justamente Ive, o responsável pela criatividade e beleza do futuro iOS.

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Desde que o iPhone OS iOS foi lançado, em 2007, sua base é praticamente a mesma. Obviamente diversos recursos e características foram incorporados ao longo do tempo. Até mesmo criações e ou adaptações de tweaks que apareceram primeiramente no tão criticado Cydia (antes também no Installer) foram parar oficialmente no sistema operacional móvel da Apple — isso sem falar nos desenvolvedores do mundo jailbreak que foram contratados ou que de alguma forma prestaram serviços para a Maçã.

Eu, particularmente, concordo com a maioria: o iOS é um sistema vencedor, que fez e ainda faz escola. Mas também concordo que chegamos a um ponto — ou até passamos — que mudanças mais profundas são necessárias. A maioria tem medo de mudanças, já que somos habituados a nos apoiar em algo que nos transmita confiança — e isso o atual iOS faz com muito louvor. Para os designers da Apple, o medo de errar. Para o usuário tradicional, o medo/receio do que esta por vir, ainda mais depois do episódio dos mapas. Querendo ou não, foi um passo apressado e errado. Mas o que são erros se não aprendizados para acertarmos no futuro? Desenvolvedores também podem estar preocupados, afinal, uma mudança radical poderá implicar em eventuais grandes adaptações para o novo iOS.

Imaginem o seguinte cenário: a Apple lança um iOS totalmente reformulado mas, por algum motivo, ele não é bem recebido pelo grande público — consequentemente, influenciando as vendas do seu principal carro-chefe, o iPhone. Logicamente, toneladas de criticas irão aparecer, quedas nas ações e por aí vai. Será um prato cheio para os palpiteiros de plantão afirmarem com ainda mais certeza que os dias da Apple acabaram.

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Mas imaginem o cenário inverso: lançamento do iOS 7 junto ao ‟iPhone 5S” (ou ‟iPhone 6”), com um novo design. Os recursos e funções de que a gente tanto gosta — e outros que a gente nem imagina — estariam lá, acompanhados de um novo visual que, aos nossos olhos, não seria “velho” e “estagnado” como o atual. O resultado será um só: faltarão iGadgets no mercado!

Como disse, a maioria tem medo do desconhecido, mas mudanças fazem parte da nossa vida. Cabe a nós nos adaptarmos — ou migrarmos para a concorrência, o que também exige uma (grande) dose de adaptação. Por isso, o medo. Eu faço parte da corrente dos que acreditam que mudanças virão. Se elas serão radicais eu não sei, mas levando até mesmo em conta o receio da mudança, não é preciso muita coisa para deixar o grande público com aquele sentimento de sistema novo, mesmo a gente sabendo que, no fundo, na essência, o iOS continuará o mesmo. A parte boa dessa história é que o mesmo, para muitos, significa continuar sendo o sistema operacional móvel mais avançado do mundo.

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