Num dia comum do ano de 2008, Jason Koger estava dirigindo seu quadriciclo na fazenda de seu avô quando foi surpreendido por um poste caído. Seu corpo foi eletrocutado por 7.200 volts. Alguns dias depois, o jovem marido e pai de família acordou numa cama de hospital após um coma induzido. Segundo a CNN, o primeiro pensamento de Jason foi agradecer por estar vivo.
Em seguida, começou a luta do jovem rapaz, que na época tinha apenas 29 anos. Isso porque, durante a operação para tentar salvar sua vida, foi preciso amputar suas mãos que, dentre outros problemas, estavam dificultando a circulação do sangue pelo corpo. “Minha mãe e meu pai ficaram repetindo que todo aquele pesadelo ia passar e me incentivaram a contornar o problema”, explicou Jason.
E ele conseguiu. Com determinação e uma pequena ajuda de duas próteses, Jason passou a ter uma “vida normal”. Para ele, viver com aqueles dispositivos é como se fosse carregar uma caixa de ferramentas cujo espaço só cabe um desses instrumentos, de acordo com a CNN. Contudo, nos últimos anos, o desenvolvimento desses protótipos tem alcançado índices notáveis.
A partir dessas evoluções e da destreza e rapidez com que aderiu aos aparelhos, Jason foi o primeiro homem que teve as duas mãos amputadas a receber uma das maiores inovações desses produtos no mercado: mãos biônicas cujo controle pode ser feito por um aplicativo de iPhone. O i-limb ultra revolution foi recém-lançado no mercado e é considerado muito próximo da mão humana. “O dispositivo oferece controle e destreza inigualáveis, permitindo que pacientes possam realizar mais facilmente suas atividades da vida diária, aumentando a qualidade de vida dessas pessoas”, afirmou Ian Stevens, CEO da Touch Bionics (desenvolvedora do i-limb ultra revolution). Diferentemente de próteses convencionais, esse dispositivo possui cinco dedos igualmente sensitivos.
Precisão ao toque
Com o polegar rotativo, a mão biônica tem um recurso de auto-compressão, evitando o deslizamento acidental de objetos escorregadios ou muito pequenos (como uma lata de refrigerante ou uma bala). No entanto, a novidade fica por conta de como todas essas ações são executadas, pois, por meio de iPhones/iPods touch, pacientes podem selecionar 24 tipos diferentes de padrões de aderência que permitem mais funcionabilidade e exatidão das mãos biônicas.
É só escolher qual o padrão de aderência que melhor vai se adaptar à sua rotina diária e aproveitar os momentos. Contudo, as mãos ainda não são à prova d’água e, para realizar tarefas simples do dia, Jason precisa manter suas próteses antigas. “Nada é perfeito, mas eu sinto que posso ser mais ativo na minha vida com essas mãos”, concluiu o paciente cujo tempo é dividido entre sua família e pessoas amputadas que precisam de ajuda para enxergar futuro após essa situação.
O que ele faz é devolver o mesmo auxilio que teve quando precisou naquele momento difícil. “Eu só quero fazer tudo o que eu fazia antes, sem precisar de ajuda. As pessoas precisam ser independentes”, finalizou.
Incrível, não?
[via Gizmodo]