Muito tem se falado sobre o Google Glass e como ele poderá mudar a forma como fazemos determinadas coisas hoje em dia. Sabemos que ele *não* conta com um chip 3G/4G e, por isso, precisa necessariamente de uma rede Wi-Fi disponível — ou se conectar via Bluetooth a um dispositivo (Android ou iPhone) e usar as redes de operadoras.
Mas a integração com iPhones não vai parar por aí.
Frederic Lardinois, do TechCrunch, pegou seus Glass nesta semana e conversou um pouco com um representante do Google. De acordo com ele, hoje os óculos precisam necessariamente da companhia de um aparelho com Android para conseguir enviar mensagens de texto e receber informações de rotas (GPS).
Isso mesmo. Se você tiver um iPhone no bolso, esses dois recursos não ficarão disponíveis. Mas em breve isso mudará. Esse empregado do Google confirmou a Lardinois que, no futuro, o Glass poderá fazer o mesmo quando estiver emparelhado com iPhones — quem sabe até sem a necessidade de um aplicativo específico para “construir essa ponte” entre o smartphone e os óculos, como acontece hoje em aparelhos rodando o sistema Android.
Aos poucos a gente vai conhecendo mais e mais o novo brinquedo do Google. Mas confesso, que apesar de interessante, quanto mais informações eu leio sobre o Glass, menos sentido ele faz. E não estou falando isso apenas por estarmos num blog sobre Apple ou qualquer coisa parecida, antes que alguns atirem pedras.
No começo, eu pensava que os óculos fossem uma espécie de “substituto” do smartphone em vários sentidos, mas estamos vendo que não. Continuaremos carregando nossos celulares nos bolsos para que o Glass funcione da maneira ideal, já que essa integração é imprescindível em vários níveis — o Glass conta com um sensor de bússola, mas não possui GPS, por exemplo. Absolutamente tudo que o Glass faz, conseguimos fazer hoje com nossos smartphones.
Claro, com o gadget não precisaremos mais colocar a mão no bolso e tirar o iPhone para conseguir capturar uma imagem, gravar um vídeo ou fazer qualquer outra coisa. Mas parece — veja bem, *parece* — que o produto termina aí: uma nova forma de fazer as mesmas menos coisas. Não tenho dúvida de que ficar com as duas mãos livres é um benefício e tanto, mas ao meu ver não pode ser o único — e, por enquanto, é o que parece.
Quem sabe mais informações aparecem e o jogo mude, com o Glass fazendo mais e mais sentido. O Breno Masi participará do Google I/O 2013 e vou torcer para que ele consiga testar os óculos e ver se esse benefício de ficar com as mãos livres é suficiente para fazer do Glass um sucesso — e o que mais os óculos oferecem de diferencial.
Por enquanto, reforço minha teoria de que o Glass é uma ideia do Google, e não um produto.