Quando Phil Schiller — vice-presidente de marketing mundial da Apple — fez a primeira apresentação pública do novo Mac Pro, na WWDC 2013, nada foi dito sobre o preço. Só viemos saber o novo valor-base no evento especial do final de outubro, e ele evidentemente impressionou: a partir de US$3.000 nos Estados Unidos.
Embora o múltiplo do valor definido para o mercado nacional até esteja dentro da média que a Apple costuma trabalhar, não é fácil engolir um computador, por melhor que seja, custar a partir de R$13.000 — na nossa configuração dos sonhos, chegamos à bagatela de R$48.975.
Mas a base deste post não leva nem em consideração o preço do Mac Pro no Brasil, e sim quanto custaria para montar um PC equivalente.
Será que esses US$3.000 estão com a famosa “taxa Apple” embutida?
Stephen Fung, do Futurelooks, resolveu mergulhar no assunto e fez uma descoberta um tanto incrível: um PC montado equivalente ao Mac Pro de US$3.000 não sairia por menos de US$3.995, enquanto que uma configuração topo-de-linha de US$9.600 para o Mac Pro representaria um gasto de US$11.530 num PC com especificações técnicas equiparadas.
E não é só no custo que a Apple ganha: um gabinete compacto [mostrado ao lado] para comportar os componentes selecionados para o PC ainda teria mais ou menos o dobro do volume do Mac Pro e nada nem próximo da sua beleza; o Mac Pro configurado ainda tem o dobro de RAM (64GB) e seis portas Thunderbolt 2; um comprador do Mac não teria que se preocupar (ou talvez até gastar ainda mais) com a montagem da máquina nem com possíveis incompatibilidades de hardware/software; e o Mac Pro ainda com certeza trabalha mais silenciosamente e com um consumo bem menor de energia.
As vantagens no lado do PC ficam mesmo para a flexibilidade de se trocar/atualizar componentes (no caso do Mac Pro, ficamos basicamente restritos a memória e drive flash), bem como para o fato de que talvez o usuário não precisasse dos exatos mesmos componentes escolhidos pela Apple — há processadores e placas gráficas no mercado bem mais em conta que dariam conta do recado de forma bastante satisfatória, por exemplo.
Confesso que fiquei surpreso com a descoberta de Fung. Se você ainda considerar que o Mac Pro é capaz de rodar nativamente tanto o OS X quanto o Windows, a Apple merece aplausos pelo que conseguiu construir.
[dica do Thiago Martins, via BGR]