Há poucos dias, fizemos um artigo com base em uma reportagem da Folha de S.Paulo sobre a disponibilidade de iPhones 5s numa nova loja da Fnac no Aeroporto Internacional de Guarulhos que não teriam a incidência de impostos, saindo portanto até mais baratos que nos Estados Unidos.
Fnac no Aeroporto de Lisboa, via girls with or without bangs.
Após obtermos relatos de leitores e informações diretamente com a própria Fnac, gostaríamos de prestar esclarecimentos gerais a todos vocês, visto que a notícia gerou muito, muito burburinho.
Vamos lá:
- A loja realmente existe e foi inaugurada no último domingo (11/5) no novo Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, numa zona livre de impostos do embarque internacional.
- Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de uma loja tradicional da Fnac como as que vemos em shoppings espalhados pelo país. É uma loja de conveniência (como praticamente todas as lojas de aeroportos), bastante compacta, com cerca de 130 metros quadrados. Trata-se de um modelo existente em outros países (principalmente na Europa) e que está em fase experimental no Brasil, podendo vir a ser expandido para outras localidades.
- Devido à própria repercussão da notícia, a Fnac não confirma a disponibilidade de nenhum dos produtos citados originalmente pela Folha (incluindo o iPhone 5s), nem os preços divulgados. Pudera, a loja é tão pequena que mal tem capacidade para fazer estoques de produtos.
- A Fnac também ainda não confirma que modelo de iPhone 5s poderia ser encontrado na sua loja e garante que trabalhará totalmente de acordo com as leis vigentes no Brasil. Ou seja, é bastante improvável, como apontaram neste post do nosso Fórum, que ela possa comercializar as versões vendidas nos EUA (sem suporte ao 4G brasileiro nem garantia nacional). Nada impede que ela possa vir a importar iPhones de outro lugar, porém.
- Embora não tenhamos como obter em tempo real a situação dos produtos da loja, sabemos que sim, desde a inauguração muitos iPhones 5s já foram vendidos — o que não quer dizer que continuarão sendo.
Trocando em miúdos: a Fnac GRU não é nenhum “oásis”, a ideia aqui não é fazer ninguém sair desesperado inventando alguma viagem internacional só para conseguir passar na loja — até porque, como falamos, não há como garantir a disponibilidade dos produtos num determinado momento. É preciso ter em mente inclusive que boa parte do público-alvo da empresa serão estrangeiros em passagem pelo Brasil.
Caso obtenhamos ainda mais informações e detalhes, atualizaremos esta matéria ou faremos uma nova. Obrigado a todos que colaboraram com relatos.
Atualização · 16/05/2014 às 09:07
Em uma nova reportagem publicada nesta madrugada, a Folha de S.Paulo apurou que, embora a Fnac GRU esteja numa zona livre de impostos ela ainda não teria obtido autorização da Receita Federal para atuar como free shop — por isso é possível que tenha tido até prejuízo na venda de iPhones nos seus primeiros dias de operação.
Em visita à loja realizada ontem, não foram encontrados iPhones à venda e outros produtos estavam com preços variados — alguns mais baratos que os oficiais do Brasil, outros até mais caros. Fica evidente que a coisa toda ainda está sendo ajustada pela rede varejista.
Atualização II · 28/05/2014 às 09:07
A Fnac emitiu um comunicado sobre o assunto:
A Fnac Brasil informa que, ao contrário do que foi veiculado nos últimos dias, não possui nenhum processo de importação bloqueado por parte da secretaria da Receita Federal do Brasil ou atrasos desta que impactem em sua operação. A unidade Fnac localizada no GRU Airport tributa seus produtos de acordo com a legislação vigente e está providenciando toda a documentação necessária para obter a autorização para operar em regime de loja franca. Ao mesmo tempo, a Fnac está prestando aos órgãos de defesa do consumidor todos os esclarecimentos solicitados com relação à unidade do GRU Airport e à sua campanha Fnac Ganha Brasil!
O PROCON de São Paulo também está acompanhando o caso.