Na apresentação dos novos chips Intel, realizada na CES 2010 semana passada, os engenheiros da empresa realizaram diversos testes de desempenho para o público lá presente, a fim de demonstrar ao vivo o poder de processamento deles. Obviamente, isso não é nada incomum vindo de uma fabricante de processadores, a não ser o fato de que, em uma atitude rara vinda da Intel, os apresentadores deixaram de lado os testes de benchmark automatizados que conhecemos e focaram-se em aplicativos individuais, incluindo o iTunes, da Apple, rodando no Windows.
Em uma demonstração realizada com um desktop Core i5, os engenheiros compararam o seu desempenho com o de uma máquina Core 2 Duo ao enviar um mesmo vídeo a partir dos dois computadores para um iPod. Assim como quase todos os aplicativos que hoje são integrados ao Mac OS X por padrão, o iTunes é otimizado para usar múltiplos núcleos de processadores — inclusive em sua versão para Windows —, de forma que as tarefas possam ser distribuídas entre eles e assim serem executadas de forma mais rápida.
Apesar de essa iniciativa ter sido um tanto curiosa para alguns, eu acredito que ela representa o melhor jeito de demonstrar para um usuário comum os benefícios de se migrar para um hardware mais moderno, além de esclarecer como ele pode aprimorar (e muito) o seu dia-a-dia. Por outro lado, o TUAW nota que ela representa o quão difícil está sendo para Intel a tarefa de determinar como seus produtos mais recentes são melhores que os mais antigos, por meio de “quantidade de desempenho”.
De qualquer forma, a Apple é uma empresa que sempre comparou o desempenho dos seus computadores através do uso de aplicativos comuns, especialmente quando apresentava seus Power Macs/Macs Pro para usuários profissionais. No passado, foram feitas até algumas comparações engraçadas entre máquinas PowerPC com PCs da própria Intel.