A Copa do Mundo passou e nos deixou grandes aprendizados! De acordo com o dicionário, a palavra perder significa “deixar de ter alguma coisa útil, proveitosa ou necessária”, ou seja, nada vital. A perda é uma vitória pois nos mostra onde precisamos melhorar. Como em uma startup, devemos a cada passo analisar e aprender com a etapa, fazendo ajustes durante o processo – mesmo que profundos. Entretanto, é difícil conseguir enxergar as possíveis falhas quando se está imergido no “problema”. Pensando desta forma, convidei um amigo estrangeiro para compartilhar o seu ponto de vista com relação ao que ele encontrou no Brasil durante a Copa.
por Juan Camilo
Durante algumas semanas tive a maravilhosa oportunidade de aproveitar a Copa do Mundo em diferentes cidades de todo o Brasil. Uma vez de volta ao Vale do Silício, compartilho algumas impressões que tive desta Copa — deixando de lado o tema esportivo e focando no potencial que o Brasil tem para continuar evoluindo como o que consideramos os “melhores” países.
Crédito da imagem: O Globo.
A Copa do Mundo foi precedida por dificuldades, controvérsias e escândalos, o que gerou uma expectativa de um fracasso anunciado. Na minha perspectiva, o Brasil e os brasileiros foram capazes de realizar uma das melhores Copas da história do futebol, numa atmosfera de festa e alegria típica do povo brasileiro — a altura de qualquer outro país em desenvolvimento.
Quero mostrar o enorme potencial que o Brasil tem para competir de forma igual com qualquer outro país, e este nível de competitividade pode ser desenvolvido em qualquer área — não somente no âmbito dos esportes. Hoje, o Brasil possui muitos aspectos fundamentais que o apoiam, como infraestrutura em suas cidades, boa malha rodoviária, portos marítimos, internet de alta velocidade nos principais centros, aeroportos que conectam todos os cantos do país e também com o exterior, etc.
O Brasil também vive uma explosão tecnológica que atinge todos os setores da sociedade – os brasileiros marcam presença nas redes sociais e o mundo móvel está transformando como acessam e utilizam os serviços a níveis local e global.
Não sou um especialista sobre os problemas subjacentes que o Brasil enfrenta, no entanto, encontro muitas semelhanças com relação ao meu país (Colômbia), assim como outros países da região. A cultura não está focada em inovar com qualidade, pelo contrário, sempre se espera que algo não funcione da forma que deveria funcionar — e isto é aceito. Acredita-se que o de “fora” é melhor e tem qualidade; acreditamos que, por estar na América do Sul, não temos as mesmas oportunidades.
As barreiras estão em nossas mentes e em nossa cultura — apostemos no trabalho de qualidade, precisamos aprender a inovar. Isto não é uma forma de cópia, mas sim de aproveitar as oportunidades que temos hoje — onde as fronteiras já não existem, estamos cercados de informações por todos os lados. Assim como os times que disputaram a Copa do Mundo, vamos trabalhar em equipe com objetivos comuns e não pensar unicamente em um ganho individual. Está em nós a responsabilidade de mudar o futuro do nosso país.
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Quero agradecer a todos pela excelente receptividade aos cursos do Appreendedor. Cada etapa e material foi discutida minuciosamente por uma equipe de especialistas e estamos muito felizes em poder compartilhar esse conhecimento com vocês. O que lhe inspira? Venha fazer parte das turmas de Appreendedores que se reunirão no Vale do Silício.