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Confira 3 histórias curiosas sobre Steve Jobs

Steve Jobs apresentando o primeiro iPhone

Como previsto, o aniversário de dez anos da morte de Steve Jobs tem rendido homenagens e tributos por todos os cantos. Já falamos aqui sobre o tocante texto escrito por Jony Ive, a carta de Tim Cook e a celebração da vida de Jobs estampada pela Apple na sua página inicial.

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Agora, mais memórias: selecionamos três histórias contadas por jornalistas, executivos e outras figuras da área envolvendo o lendário cofundador da Maçã — tudo, claro, para termos uma pequena lembrança do que fazia de Steve Jobs… Steve Jobs.

Jogando um iPhone no chão

A primeira história veio de Roger Cheng, da CNET. Ele contou sobre o dia, em 2007, em que Jobs fez uma visita à sede do Wall Street Journal (em Nova York) para fazer uma demonstração do — então recém-anunciado — iPhone de primeira geração a um pequeno grupo de jornalistas.

A reunião corria normalmente, com algumas amostras das capacidades do aparelho e perguntas dos jornalistas, até que um dos convidados perguntou sobre a durabilidade do dispositivo. A reação de Jobs foi instantânea: sem dizer uma palavra, ele jogou o (protótipo de) iPhone para cima em direção ao centro do recinto, e a sala inteira ofegou silenciosamente enquanto o aparelho aterrissava, sem qualquer dano, no chão acarpetado.

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Obviamente, a jogada foi um risco calculado por parte de Jobs — o iPhone original, afinal de contas, não era lá conhecido por ser o dispositivo mais resistente do mundo. Ainda assim, a ocasião lembra que, para o cofundador da Apple, o mais importante era causar uma impressão nas pessoas — ainda que houvesse o risco do iPhone se destroçar no chão e criar uma famigerada torta de climão no ambiente.

Computadores Dell com macOS?

Quem também falou sobre o legado de Jobs foi Michael Dell, fundador e CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da gigante da computação que leva o seu nome. Em entrevista à CNET, feita para promover o seu novo livro de memórias, Dell lembrou o que tornava Jobs diferente de todos os outros executivos da sua época:

Qualquer um que queira fazer algo incrível tem que ter uma abordagem de alguma forma diferente e não convencional. Não dá para seguir as regras e fazer coisas maravilhosas. Steve era certamente excepcional nesse aspecto.

Dell lembrou as idas e vindas das suas relações com o colega ao longo dos anos — a começar em 1993, quando Jobs tentou convencer o executivo a usar o sistema da NeXT (a empresa que fundou após a saída da Apple) nos computadores da Dell. O argumento de Jobs era de que o sistema era muito melhor que o Windows, mas Dell rejeitou a ideia: o chamado NeXTSTEP era pobre em aplicativos e não gerava qualquer interesse no público.

MacBook Pro e notebook da Dell
MacBook Pro e notebook da Dell | Foto: PCWorld

Alguns anos adiante, Jobs retornou à Apple e usou a base do NeXTSTEP para “recriar” o sistema dos Macs a partir do Mac OS X (ou macOS, como o conhecemos hoje). O executivo tentou, então, retomar as conversas com a Dell, mas a proposta agora era a outra: licenciar o Mac OS X e vender máquinas com os dois sistemas, o da Apple e o Windows — os usuários escolheriam, na configuração inicial, qual seria o sistema a ser instalado no computador.

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A proposta foi considerada pela Dell, mas acabou sendo negada por conta dos termos exigidos por Jobs. No contrato, a fabricante teria de pagar uma taxa à Apple por cada computador vendido, mesmo que o usuário escolhesse instalar o Windows na máquina — uma “proposta econômica que não faria muito sentido”, segundo Dell. Além disso, Jobs não garantiu que as máquinas da empresa teriam acesso ao Mac OS X três ou quatro anos adiante, o que piorou a situação.

Apesar disso, fica aí o lembrete: já houve a possibilidade de o macOS não ser um sistema tão exclusivo assim. Será que a história seria muito diferente se o acordo tivesse seguido adiante?

Aprendendo com a Nike

Por fim, o colunista Jason Aten, da Inc., publicou um texto para lembrar da “melhor ideia de Steve Jobs” para o universo do marketing — que, no maior estilo do executivo… não veio exatamente dele, e sim da Nike.

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A grande chave da coisa, Jobs percebeu, era que grandes empresas e grandes campanhas nunca focavam no produto, e sim nas pessoas. E o maior exemplo disso era a Nike, uma empresa que vendia um produto absolutamente fundamental (tênis) e, ainda assim, nunca focava no aspecto técnico da coisa em suas divulgações.

Como falou Jobs num discurso pouco após seu retorno à Apple, em 1997:

A Nike vende um commodity, eles vendem sapatos. E ainda assim, quando você pensa na Nike, você sente algo diferente do que você sente quando pensa numa fabricante de sapatos. Em seus anúncios, como vocês sabem, eles nunca falam dos produtos, ele nunca falam sobre as solas dos tênis, sobre como elas são melhores que as solas da Reebok. O que a Nike faz em seus anúncios? Eles homenageiam grandes atletas e homenageiam grandes feitos do esporte. É disso que eles são feitos.

O resto, claro, é história — você pode ver o espírito dessas palavras refletido em uma das campanhas mais celebradas da história da Apple, a famosíssima “Think Different”.


Muito legal, não? 😊

dica do Miguel Dornaes

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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Em carta, Tim Cook reflete sobre os 10 anos da morte de Jobs

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