A equipe de editores e colaboradores do MacMagazine discute bastante sobre possíveis pautas interessantes para vocês, leitores. Em um recente bate-papo, topei o tema proposto pelos meus amigos em falar sobre como tenho usado a tecnologia para me ajudar a emagrecer. Mas antes de começar, gostaria de informar que não sou médico ou especialista na área de saúde, e o que vou compartilhar é um pouquinho do que estou fazendo e os apps que tenho usado nesta “batalha contra o peso”. Espero que anime um pouquinho vocês a sair da zona de conforto. 😉
Para começar, gostaria de compartilhar a montagem abaixo — feita há cerca de três meses — que compartilhei no meu Instagram e demonstra um pouco da evolução:
Para este tipo de montagem utilizei o app Frametastic.
Ele tem algumas opções de frames grátis e outras pagas (as gratuitas já ajudam muito no dia-a-dia).
Comecei nesta “onda” mais fitness em 2014 e, para isso, comprei a balança digital da Withings a fim de acompanhar meu peso de verdade. Foi então que veio a surpresa dos 110kg. Ela sincroniza automaticamente, via Wi-Fi (depois de uma etapa de configuração na rede interna) ou Bluetooth, diretamente com o aplicativo Health Mate, desenvolvimento pela mesma empresa.
A partir disso, quase que diariamente (pela manhã) a primeira coisa que eu faço ao acordar é checar o meu peso. Vejam o gráfico abaixo — saí de 111kg para 90kg.
A balança custa por volta de US$150 (mais impostos) nos EUA e está à venda nas principais lojas de eletrônicos — a minha, comprei numa Apple Store mesmo. Mas não se preocupe se você não tem como comprar uma balança, o app permite registrar seu peso manualmente para montar os gráficos acima. Como foquei o post nos recursos que mais uso nesses apps, não vou detalhar outras funções que existem — no caso do Health Mate, ele conta com contador de passos, tem integrações com dispositivos Nike+ (como a FuelBand), entre outras coisas.
Por falar em FuelBand, a pulseira foi um acessório que me ajudou muito. Antes de estipular uma meta diária, contabilizei quantos “pontos” (NikeFuel) por dia representava a minha realidade. Estes pontos contabilizam todos os tipos de movimentos diários, desde escovar os dentes a subir escadas, caminhar, correr ou qualquer outra atividades que mexa o corpo como um todo (incluindo caminhar pelo escritório).
O meu dia tinha, em média, algo entre 1.300 e 1.450 pontos (ir para o escritório e voltar para casa; às vezes, saindo para jantar). A pulseira da Nike conta calorias, passos e os tais NikeFuel. Eu, contudo, desativei a visualização do número de passos e estipulei uma meta de 2.000 pontos por dia, o que me forçou a começar a almoçar mais longe do escritório e, às vezes, sair para caminhar ou subir escada do prédio para ajudar a bater a meta.
Ao entrar numa academia (no inicio de 2014), ficou mais fácil bater essa meta — em dias que eu me exercitava, chegava facilmente nos 3.000. Então, gradativamente eu fui subindo a meta de 200 a 200 (às vezes 100 pontos semanalmente até chegar perto destes 3.000, inclusive em dias normais que eu não ia para a academia) — apenas mudando alguns hábitos. Além disso, eu uso os pontos Nike para comparar meu desempenho com os dos meus amigos.
Vale notar que a Nike+ FuelBand SE (Second Edition) é relativamente parecida com o primeiro modelo. Porém, ao adquiri-la, notei que com a SE ficou mais difícil bater a meta diária — creio que mexeram nos algoritmos que validam os movimentos e, sem alterar a meta, custei um pouco mais para chegar ao resultado diário.
Um app da Nike que me ajuda muito é o Nike+ Running.
Eu gosto muito da precisão dele em ambientes externos, mas principalmente em ambiente internos (academias, por exemplo). A distância corrida é quase que a mesma mostrada no contador da esteira, o que obviamente comprova que o app funciona. Uso muito ele para contabilizar minha quilometragem e competir com amigos estipulando desafios mensais (correr 70km em 1 mês, por exemplo). O aplicativo tem um apelo de gamefication bem legal, pois você ganha badges conforme vai batendo recordes. Já uso este app desde a época do iPod e do chip que era preciso colocar dentro do tênis, mas nada comparado ao que tenho usado em 2014 de forma mais assídua.
Embora o app Nike+ Running conte com uma função de tocar as músicas que você tem no celular durante a corrida, já faz um tempinho que não compro mais faixas. Eu basicamente coloco o app em segundo plano e ativo o Spotify (optei pelo plano pago e deixo algumas seleções de músicas para escutar offline).
Outro app que eu uso é o RunKeeper.
Na época que estava procurando um app para monitorar minhas pedaladas, foi o que mais ouvi falar; acabei testando e gostando — eu também uso o Spotify junto ao RunKeeper. Não sei até hoje porque a Nike não tem um app para monitoramento de bicicletas, mas isto é uma discussão para um outro post.
Com as integrações do app Saúde (Health), nativo do iOS 8, uma coisa que me chamou a atenção foi ter organizado automaticamente várias informações legais. Uma que me agradou muito em especial foram batimentos cardíacos, então comprei um monitor cardíaco da Wahoo Fitness (o Blue HR), que sincroniza os batimentos com o seu app via Bluetooth. Confesso que uso mais quando vou correr ou pedalar, mas não controlo os batimentos — estou usando mais para manter o histórico e, quem sabe um dia, estes dados serem úteis.
O app tem programas para corrida e pedaladas indoor/outdoor. Eu até configuro de acordo com o que vou fazer, mas monitoro usando outros apps que falei antes — nele uso mais para pegar os batimentos e sincronizar automaticamente com o Saúde mesmo.
Sim, eu sou um pouco overshare (compartilho bastante as coisas) e quem me segue já deve ter notado. Nesta nova fase que resolvi cuidar um pouco de mim, optei por compartilhar um pouco desse dia-a-dia.
Para isso uso muito o Instagram e divulgo algumas fotos e videos dos meus treinamentos. Alguns acham narcisismo; outros se empolgam com os resultados. Posso dizer que meu objetivo é ajudar as pessoas a enxergarem que é possível. Tenho a alegria de ter incentivado algumas pessoas — três amigos e uma amiga já perderam mais de 10kg motivados pelas fotos que publico. Se só uma pessoa já tivesse feito, já teria valido a pena — imagine então como fico feliz com isso. Estes dias recebi, no meu Facebook, o depoimento de um seguidor que eu não conhecia, dizendo que perdeu mais de 16kg depois que viu minha evolução. 😀
Tenho focado em treinos funcionais, com exercícios mais dinâmicos que fogem um pouco das repetições da musculação tradicional. Tem dias que nem uso peso, somente o do meu próprio corpo. Agradeço muito ao meu personal trainer pelo apoio — ele que pega no meu pé para eu me exercitar ao menos 2-3 vezes por semana.
A verdade é que até ele começou a usar mais tecnologias por minha causa; quando estou fora de São Paulo, faço aulas via FaceTime — fiz por exemplo quanto estava de férias em Las Vegas e na semana passada, quando viajei a trabalho para Porto Alegre.
Por último, mas não menos importante, às vezes uso o app Repost.
Ele basicamente serve para eu publicar no Instagram os vídeos que o meu personal posta.
Eu resolvi mudar meus hábitos e estou muito feliz com os resultados. O foco principal foi a minha saúde. Eu estava muito barrigudo e a gordura abdominal é a mais perigosa — em breve devo fazer novas fotos e ver a evolução. Lógico que receber os elogios por estar melhorando o corpo me motivam bastante, mas você tem que fazer isso primeiramente por você. Tem dias que eu tenho *tudo* para desistir de ir à academia — ou mesmo correr em volta da praça. Mas me impus uma regra: não pense, simplesmente vá. Assim, estando lá, pelo menos alguma coisinha você vai fazer — e um pouco disso todos os dias fará a diferença.
Os apps comentados aqui podem nem ser os melhores que existem para cada função, mas foram os que eu testei e me adaptei muito bem. Preciso agora encontrar algum bom app para controlar a minha alimentação, mas só farei isso após a consulta em um bom nutricionista. Até agora eliminei o peso demonstrado acima apenas com exercícios e diminuindo o consumo de besteiras, mas depois de consultar um especialista elegerei um app para conciliar esta parte de alimentação, também. Algum nutricionista afim de encarar este desafio? 😛
Deixem abaixo suas experiências com esses apps ou outros aplicativos/gadgets. Pode ser que existam outros melhores e gostaria muito de ouvir a opinião de vocês. Mas não esqueçam: não façam nada por conta própria. Aconselho sempre a procura de um profissional especializado — isso faz toda a diferença.
Abaixo, mais alguns antes/depois para ver se vocês se empolgam também:
E aí, vamos dar uma corridinha? 🙂