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No Japão, muitas pessoas estão trocando estantes de livros por iPads

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Viver num país pequeno em dimensões e imenso em cultura não é fácil: quando cada metro quadrado conta, é preciso fazer malabarismos arquitetônicos para uma biblioteca pessoal grande caber em uma casa comum. Para resolver esse problema, muitos japoneses têm recorrido a empresas que digitalizam livros sob encomenda, transferindo o conteúdo de várias estantes para o iPad, conforme conta a Bloomberg.

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O problema é que a legalidade desse tipo de operação é questionável, e o mercado editorial do Japão é particularmente complexo em termos de copyright, o que faz com que a produção de ebooks por encomenda se torne uma atividade perigosamente limítrofe entre “serviço” e “crime”. A coisa se complica para consumidores pelo fato de o mercado de ebooks ainda não ter tração na terra do sol nascente. O Kindle, por exemplo, não tem obras em japonês. A falta de conteúdo à venda é tão gritante que até a Sony desistiu de vender ereaders em sua terra natal em 2007, tendo retomado seus esforços apenas recentemente.

“As pessoas estão indo atrás de soluções por conta própria, pois as editoras não atendem às necessidades do mercado”, disse Toshihiro Takagi, analista da Impress R&D. Ao ver isso, sinto um pouco de déjà vu em relação à migração das músicas para formatos digitais compactados (MP3, AAC): enquanto as grandes empresas ficam patinando em meandros legais, as pessoas arregaçam as mangas e dão uma banana fazem o que é necessário, gostem os criadores de conteúdo ou não.

[via MacStories]

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