Depois de ser eleito “CEO do Ano” pela CNN, “Personalidade do Ano” pelo Financial Times e estar entre os finalistas da “Pessoa do Ano” pela TIME, Tim Cook ficou agora em primeiro na lista de “50 Grandes Líderes” da Fortune.
Em um grande perfil publicado sobre o executivo, a Fortune fala dos desafios que Cook teve para substituir uma lenda no cargo de CEO da Apple (Steve Jobs) e os aprendizados que ele teve após assumir o cargo máximo da Maçã — como por exemplo, servir de escudo para que sua equipe trabalhe sem se preocupar, focando exclusivamente em criar ótimos produtos/serviços.
O perfil, é claro, também fala de todos os avanços da empresa sob o comando de Cook, como o ótimo desempenho das ações, a enorme quantidade de dinheiro que a empresa tem em caixa, os recordes de vendas de iPhones, entre outras coisas.
Uma parte do texto que chamou atenção foi, sem dúvida, o erro de ter contratado John Browett1Ele foi demitido pouco tempo depois por não ter se encaixado na cultura da empresa.. Para Cook, este foi um lembrete do quão importante é ter pessoas que entendem a cultura da empresa. O problema, de acordo com ele, é que se leva algum tempo para aprender isso já que, como CEO, a pessoa está envolvida em muitas coisas/áreas — consequentemente, nenhuma delas acaba recebendo a atenção que merece.
Felizmente, parece que Cook acertou ao demitir Browett e contratar Angela Ahrendts (ex-CEO da Burberry). Agora, como Cook conseguiu convencer Ahrendts a deixar seu posto na Burberry e se mudar para Cupertino? Aparentemente sendo Tim Cook.
Eu simplesmente amei sua integridade, seus valores. Nada que qualquer um possa escrever, falar ou fazer fará ele deixar de fazer a coisa certa. Não apenas para a Apple, mas para os empregados, para comunidades, para países. O mundo precisa de mais líderes como Tim.
—Angela Ahrendts, vice-presidente sênior da Apple.
Cook também não poupou elogios a ela, dizendo que Ahrendts se ajustou perfeitamente à cultura da Apple. “Em uma semana eu senti como se ela já etivesse aqui há um ano. E agora parece que ela está aqui há vários anos. Quando você começa a terminar a frase do outro, isso é um indício muito bom.”
O executivo também comentou sobre a maior abertura que deu para a empresa e seus vice-presidentes como um todo. Para Cook, no final das contas, essa maior exposição na mídia é benéfica para a Apple a longo prazo. Ele também comentou que a decisão compartilhar com o mundo a sua orientação sexual não foi fácil, e que ele só fez isso pois sabia que ajudaria muitas outras pessoas.
O CEO da empresa mais valiosa do mundo, é claro, precisa ser muito bem pago. Mas Cook demonstrou que suas pretensões são maiores do que ser rico. Além de bancar a vida educacional do seu sobrinho de 10 anos, Cook quer doar toda a sua fortuna ao longo da vida. Na verdade ele disse que já começou a fazer isso de forma discreta, fora dos holofotes, mas que planeja desenvolver uma abordagem sistemática com relação a filantropia em vez de simplesmente sair por aí assinando cheques para quem precisa.
O perfil da Fortune traz isso e muito mais sobre Cook — aos interessados, vale a pena ler. Caso você queira dar uma olhada nos outros 49 líderes escolhidos por ela (que incluem Bill e Melinda Gates, Elon Musk, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e outros do setor de tecnologia, basta visitar esta página.
[via 9to5Mac]
Notas de rodapé
- 1Ele foi demitido pouco tempo depois por não ter se encaixado na cultura da empresa.