A Apple está longe de ser pioneira no mercado de smartwatches, mas é fato que a coisa está se aquecendo para valer somente agora — não só graças a ela, mas também ao Android Wear. E a indústria de relógios tradicionais já está desesperada com isso tudo.
A seguir, você confere peças da campanha “Compre um relógio normal” (“Buy a normal watch”) lançada recentemente pela Dezeen Watch Store:
Ele diz a hora.
Compre um relógio normal.
Nunca precisa ser recarregado.
Compre um relógio normal.
Não estará obsoleto no ano que vem.
Compre um relógio normal.
Sua mãe não pode te ligar nele.
Compre um relógio normal.
Não requer um smartphone.
Compre um relógio normal.
É claro que estão apenas fazendo o papel deles, mas para mim é quase tão inútil comparar um relógio convencional hoje quanto como recomendar a alguém um dumbphone (telefone celular simples — eles ainda existem?) em vez de um smartphone só porque eles são mais simples e têm baterias que duram dias/semanas.
Na verdade, a indústria de relógios nem teria por que se preocupar tanto assim. É evidente que os smartwatches aos poucos conquistarão adoradores de relógios convencionais — talvez não nestas primeiras gerações, já —, mas no meu ponto de vista o Apple Watch e seus concorrentes vieram ocupar os pulsos de pessoas que simplesmente não usavam relógios, ou deixaram de usar há um certo tempo (coloque-me nesse bolo).
Concordo que é muito chato pensar em recarregar o seu relógio diariamente, mas fora isso os argumentos acabam sendo *contra* os relógios convencionais. Ora, eles simplesmente nos informam a hora enquanto os smartwatches tendem a se tornar muito mais úteis no nosso dia-a-dia. E sim, neste caso estamos falando de mini-computadores — isto é, de dispositivos que evoluem rapidamente. Não dá para esperar que um aparelho dessa natureza tenha uma longevidade como a de um relógio tradicional.
De um jeito ou de outro, está muito divertido assistir a toda essa mudança de paradigma num mercado que até certo tempo atrás estava relativamente esquecido. Estou doido para saber como esse cenário estará daqui a, digamos, uns cinco anos. Apostas?
[via B9]