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Criadoras do #AppleToo trocam acusações de assédio e traição

Uma delas chegou a obter uma ordem de restrição contra a outra
askarim / Shutterstock.com
Logo da Apple em prédio de escritórios em Cupertino

Ao longo do último ano, muitos de vocês devem ter notado várias notícias sobre o #AppleToo aqui no MacMagazine — um movimento fundado a partir de acusações de sexismo, assédio, abusos trabalhistas e outras transgressões denunciadas por empregados da Maçã.

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O movimento, posteriormente renomeado para Apple Together, gerou algumas demissões deveras polêmicas, mobilizou a força de trabalho da empresa e expôs segredos desconfortáveis de uma cultura corporativa até então conhecida pela sua obsessão por segredos. Pelo visto, entretanto, duas das criadoras do grupo parecem não estar mais tão unidas assim — aliás, literalmente o contrário.

Uma reportagem recente do New York Post trouxe à tona a troca de acusações graves entre Cher Scarlett e Ashley Gjøvik, duas das principais figuras do movimento. Scarlett, para quem não está associando o nome à pessoa, foi uma das primeiras a falar sobre os problemas internos da empresa com a alegada censura da Apple sobre pesquisas salariais internas; Gjøvik, por sua vez, ganhou notoriedade após expor casos de sexismo na Maçã.

De acordo com a matéria, entretanto, as duas ex-funcionárias começaram a discordar entre si logo após a fundação do #AppleToo. Segundo as fontes ouvidas, alguns membros do movimento, liderados por Scarlett, passaram a ter a impressão de que as atitudes de Gjøvik tinham como objetivo fortalecer sua própria disputa judicial contra a Apple, em vez de contribuir para a “luta coletiva”.

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Gjøvik, com as acusações, deixou o movimento e foi demitida pela Apple pouco tempo depois, sob a acusação de ter vazado documentos confidenciais a um repórter. A engenheira afirmou (e segue afirmando) que a acusação é falsa, mas Scarlett contrariou a ex-colega e disse, num fórum de discussão privado do grupo, que Gjøvik de fato vazou os documentos.

Gjøvik foi ao Twitter, então, para acusar Scarlett de estar secretamente trabalhando com a Apple para descredibilizar suas acusações e “fortalecer a campanha [da empresa] de assédio, ameaças e horror”. Em novembro último, Scarlett também deixou a Apple, e Gjøvik afirmou que a ex-colega estaria “com inveja” da atenção dada ao seu caso em detrimento do dela.

O que se seguiu foi uma batalha judicial envolvendo as duas mulheres: Scarlett moveu uma ação acusando a ex-colega de perseguição e assédio, motivos pelos quais obteve uma ordem de restrição impedindo Gjøvik de falar publicamente ou chegar a menos de 300m dela. Segundo Scarlett, Gjøvik tem apenas um objetivo: a “destruir publicamente”.

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Scarlett afirmou, ainda, que o imbróglio causou uma recaída no seu vício em remédios controlados, e chegou a sofrer uma overdose de fentanil — ao tomar uma pílula por engano, segundo ela — que causou uma parada cardíaca.

Gjøvik, por sua vez, recorreu da decisão e afirmou que é Scarlett quem tenta “prejudicar, abusar, difamar, intimidar e coagir” sua imagem — o pedido da ordem de restrição, segundo a engenheira, seria apenas mais um exemplo desse histórico de abuso. Gjøvik será ouvida numa corte de Washington em agosto próximo para avançar o caso.

A Apple, vale notar, não comentou o imbróglio judicial entre suas duas ex-funcionárias. A empresa, por outro lado, continua sendo investigada pelos órgãos responsáveis dos Estados Unidos por conta das acusações que vieram à tona após a difusão do #AppleToo.

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Que história, hein?

via AppleInsider

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