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Apple processa ex-funcionário por vazamentos sobre Vision Pro, Diário e mais

hanohiki / Shutterstock.com
Silhueta de pessoa em frente ao logo da Apple

Sempre que são repercutidos rumores sobre novos produtos da Apple, é inevitável pensar de onde surgiram aquelas informações. Essas fontes podem ser variadas, indo desde pessoas que têm contatos na cadeia de produção dos dispositivos a outras que fazem parte da empresa e estão envolvidas diretamente no desenvolvimento das novidades.

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E foi exatamente uma pessoa pertencente a esse segundo grupo que a Maçã processou recentemente. Segundo o MacRumors, a empresa ingressou neste mês com um processo contra o ex-funcionário Andrew Aude, no qual alega que ele violou o acordo de confidencialidade e leis trabalhistas ao vazar informações sensíveis para a mídia e funcionários de outras empresas.

A gigante de Cupertino pediu por um tribunal do júri e quer que Aude pague US$25 mil em compensação pelos danos. Ele entrou para a empresa em 2016, como engenheiro do software do iOS, logo após se formar na faculdade. O ex-funcionário também trabalhou na otimização do desempenho de baterias — o que o fez, de acordo com a Apple, ter conhecimento relativo a dezenas dos projetos mais sensíveis da Maçã.

A companhia alega que, em um período de cinco anos, Aude usou o seu iPhone de trabalho, concedido pela empresa, para vazar informações sobre mais de meia dúzia de produtos e políticas da Apple. Entre eles, estão o (então não anunciado) aplicativo Diário (Journal) e o Vision Pro, além de políticas de desenvolvimento de produtos e estratégias para o cumprimento de regulações, bem como dados sobre a quantidade de funcionários.

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Em abril do ano passado, por exemplo, o engenheiro teria vazado uma lista de recursos finalizados do app Diário para um jornalista do The Wall Street Journal em uma chamada telefônica. No mesmo mês, foi publicada uma matéria no veículo sobre o app, inclusive repercutida por nós.

Além disso, ele teria enviado mais de 1,4 mil mensagens para o mesmo jornalista usando o Signal. Aude também é acusado de enviar mais de 10 mil mensagens para outra jornalista, do The Information, com quem ele teria inclusive se encontrado pessoalmente.

Confira uma captura de tela do iPhone de trabalho de Aude com mensagens trocadas com “Homeboy”, que é como ele se referia ao jornalista do WSJ.

Em outubro de 2020, novamente usando o iPhone de trabalho, Aude teria revelado o desenvolvimento do que viria a ser o Vision Pro para uma pessoa que não trabalhava na Apple, mesmo sabendo que o seu desenvolvimento era confidencial. Nos meses seguintes, outras informações foram vazadas, incluindo sobre produtos ainda não lançados.

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Para a empresa, as ações do engenheiro foram “abrangentes e propositais”. Ele teria admitido que vazou as informações para “matar” produtos e recursos dos quais tinha conhecimento. Segundo a companhia, os vazamentos resultaram em ao menos cinco notícias contendo informações confidenciais, impedindo a capacidade da empresa de surpreender com o lançamento de novos produtos.

Tentativas de conciliação

A Apple afirmou, no processo, que descobriu o que Aude havia feito no final de 2023 e que o demitiu por má conduta em dezembro do mesmo ano. Em novembro, porém, o engenheiro negou em uma entrevista ter vazado informações confidenciais para qualquer pessoa.

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No entanto, como se a história já não estivesse suficientemente anedótica, Aude teria ido ao banheiro durante a entrevista. Lá, ele apagou “quantidades significativas de provas” do seu iPhone de trabalho, segundo a Apple, incluindo o app do Signal, usado para se comunicar com o jornalista do WSJ.

Em uma outra entrevista, em dezembro de 2023, a empresa alegou que Aude teria admitido alguns dos vazamentos, embora tenha fornecido apenas admissões limitadas às informações que não teria conseguido destruir. A companhia também afirmou ter tentado resolver a situação sem ter de processar o ex-funcionário há cerca de um mês, mas ele não teria cooperado.

Em razão da destruição de provas, não é possível saber com precisão tudo o que teria sido vazado e para quem foi revelado. O objetivo do processo, pois, também seria resolver essa questão.

O ex-funcionário teria, ainda, recusado a disposição das suas ações da Apple restritas recebidas como parte do seu pacote de compensação. A companhia concluiu, então, afirmando que o engenheiro representa uma ameaça para a empresa pelo histórico de revelar informações a terceiros sem autorização, além das continuadas relações com pessoas em outras empresas e jornalistas e das tentativas de esconder as suas ações.

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