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Apple mantém investidas contra sindicalização em suas lojas

Hadrian / Shutterstock.com
Funcionário de Apple Store

Desde o começo de 2022, a Apple se viu em meio a uma situação delicada dentro das suas próprias lojas: a sindicalização de funcionários. Ainda que um apanhado de Apple Stores tenha dado início a esse processo, atualmente apenas duas unidades estão efetivamente sindicalizadas — e esse número poderia ser maior, não fossem os esforços antissindicais da Maçã.

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De acordo com informações do jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, nas últimas duas semanas, os gerentes das cerca de 270 lojas de varejo da Apple nos Estados Unidos realizaram reuniões com membros da equipe para discutir os riscos da sindicalização. Durante a conversa, a administração usou a situação da primeira loja a se sindicalizar, a Apple Towson Town Center (em Maryland), como uma espécie de “advertência”.

Entre os pontos levantados pela Maçã, está de que o sindicato que representa os funcionários da loja em Maryland — a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais, ou IAM — pede o pagamento de uma taxa equivalente a 1,5% do salário — uma quantia que “pode aumentar rapidamente com o tempo”.

Também foi alegado que a loja em questão está dando mais prioridade aos funcionários de período integral que desejam tirar folga nos fins de semana, colocando os funcionários de meio período em desvantagem. Da mesma forma, eles alertaram as lojas de que os funcionários mais antigos teriam prioridade sobre os calouros para novos cargos.

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Além disso, o processo de sindicalização foi explicado de uma forma que alguns funcionários viram como uma tentativa de jogar água fria na ideia. Se apenas uma pequena fração dos funcionários participar de uma eleição trabalhista — e a maioria desse grupo votar pela adesão —, o sindicato ainda se aplicará a toda a loja.

Os funcionários também foram alertados sobre as assinaturas de cartões de autorização, uma etapa inicial e obrigatória do processo de sindicalização: “Assinar um cartão de autorização significa que você está autorizando o sindicato a falar em seu nome e significa que deseja que o sindicato seja seu representante exclusivo”, alegou a Apple.

Por fim, a gigante de Cupertino tentou amenizar o tom das críticas dizendo que “acredita no direito de voto”, desde que seus funcionários “sejam totalmente informados sobre o que estão votando”.

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Enquanto isso, Gurman informou que a empresa começou a negociar com a loja sindicalizada de Maryland, mas que nenhum acordo foi feito até agora em meio às 20 propostas enviadas pela loja — ante às 2 propostas feitas pela Apple. Entre os pontos de desacordo, a empresa propôs uma política de comparecimento que disciplinaria os funcionários atrasados ou ausentes com base em um sistema de pontos durante um período de seis meses. O sindicato não aceitou essas propostas e disse aos funcionários que ainda está trabalhando nos esforços em relação a indenizações, aumentos salariais e férias.

Resta-nos continuar acompanhando essa “batalha” interna.

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