Como sempre acontece, após a divulgação dos resultados financeiros da Apple, Tim Cook (CEO) e Luca Maestri (CFO) participaram de uma conferência para falar um pouco de como foi o trimestre fiscal em si. Nesse evento há dados repetidos e alguns irrelevantes para o público em geral, mas existe também muitas informações interessantes sobre os negócios da empresa e, às vezes, pistas para lançamentos futuros.
Nós pegamos uma transcrição de tudo que foi falado no evento do terceiro trimestre fiscal de 2015 e pinçamos as informações relevantes para vocês, confira:
Geral
- Este foi um terceiro trimestre fiscal recorde para a empresa.
- De acordo com a Apple, a meta para as vendas de iPhones, iPads, Macs e Apple Watches foi atingida.
- A Apple conta agora com US$202,8 bilhões em caixa, sendo que 89% desse valor está fora dos EUA.
- A empresa teria uma margem bruta ainda maior se não fosse a valorização do dólar. Com exceção da China, praticamente todos os países tiveram suas moedas desvalorizadas frente ao dólar e, apesar de a Apple não gostar de mexer nos preços, teve que fazer isso. A longo prazo, o dólar forte assim não é um fator positivo para negócios internacionais, mas ainda assim a Apple cresceu em todas as regiões geográficas.
iPhone
- O iPhone, de novo, foi a estrela do período com crescimento de 35% (3x o crescimento do mercado); com isso, a Apple conseguiu aumentar a sua participação em todos os segmentos geográficos.
- Na China, o iPhone cresceu 87%; na Europa, 4x mais do que o mercado local; no Japão, 5x; na Coreia, onde o mercado de smartphones encolheu, a Apple dobrou de tamanho; e por fim, na Índia o iPhone disparou 93%!
- Este foi o trimestre com a maior migração de usuários vindo do Android.
- O iPhone tem hoje o maior nível de satisfação do mercado de smartphones; 86% os usuários de iPhones planejam comprar um novo smartphone da Apple, um número 50% maior do que o segundo aparelho/marca da pesquisa.
iPad
- Apesar da queda nas vendas de iPads, a satisfação de donos de iPads Air 2 está em 97% e metade das pessoas que querem comprar um novo tablet comprarão um iPad.
- O iPad domina 76% do mercado de tablets acima de US$200 (no qual a Apple realmente compete).
- Comparativamente, as estatísticas de uso do iPad são 6x maiores que as da concorrência.
Mac
- Enquanto o mercado de PCs encolheu 12%, as vendas de Macs subiram 9%, bastante impulsionadas pelos notebooks — com destaque para a boa receptividade do novo MacBook.
Serviços
- A divisão “Serviços” gerou US$5 bilhões em receitas; a App Store, que está nesta divisão, cresceu 24% — na China o crescimento foi de incríveis 112%!
- Milhões de pessoas estão testando o Apple Music e o número cresce num ritmo acelerado todos os dias; 15.000 de artistas já estão no Connect, rede social do serviço musical; e milhões estão curtindo a rádio Beats 1.
- 700 universidades tornarão seus campi compatíveis com pagamentos via Apple Pay.
Outros produtos
- O Apple Watch demorou para ser lançado nas lojas da Apple pois, como sabemos, a demanda estava muito superior à oferta; atualmente ele está sendo comercializado em 19 países e mais 3 receberão ele até o final do mês.
- O relógio tem um nível de satisfação de 97% e é utilizado diariamente por 94% das pessoas que o compraram. O feedback que a Apple está recebendo tem sido bastante positivo, independentemente do motivo principal do uso (controle de saúde, para criar uma rotina, se comunicar, etc.).
- As possibilidades para o Watch são enormes; há, por exemplo, médicos/pesquisadores americanos e europeus que estão utilizando o relógio para melhorar a vida de pacientes.
- É difícil olhar para essa categoria (“Outros produtos”) e tentar chegar à conclusão de quantos relógios foram vendidos. Apesar de as receitas aqui terem crescido (total de US$2,6 bilhões, aumento de US$952 milhões), elas foram impactadas por vendas cada vez menores de iPods e de outros acessórios que fazem parte dela.
- As vendas do relógio superaram as expectativas da Apple, com vendas iniciais maiores do que os primeiros iPhone e iPad.
- Diferentemente de diversas pesquisas que estão colocando as vendas de Apple Watches como baixas (com exceção do mês de lançamento), Tim Cook afirmou que o mês de junho foi quando a Apple vendeu mais relógios.
- A Apple aprendeu muito com a experiência de compra do relógio e, com base nisso, está planejando expandir o canal de distribuição antes do final do ano pois acredita que o Apple Watch será o presente ideal de Natal.
Lojas
- As lojas de varejo e online tiveram um ótimo trimestre, com as visitas físicas aumentando 49% (muito por conta do Apple Watch); o tráfego móvel para as lojas online se igualou ao desktop pela primeira vez.
- A Apple tem agora 456 lojas físicas, sendo 190 delas fora dos EUA; na China serão 40 lojas até o meio do ano que vem.
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Nada mau, hein!