Xangai (ou Shanghai) é a maior cidade da República Popular da China e uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, com mais de 25 milhões de habitantes. Um destino que mistura milhares de anos de cultura e tradição com altíssima tecnologia e arquitetura moderna.
Depois de mais de 24 horas de voos, cheguei muito apreensivo com o que poderia encontrar. Fui surpreendido por uma cidade gigantesca mas acolhedora, e com um povo mais do que interessado em receber o turista. Uma cidade com um impressionante número de lojas de grife, número talvez maior do que Paris e Nova York.
Se você pretende ir para o outro lado do mundo, não deixe de conferir mais uma edição do “Viajando com o seu iGadget“.
Moeda
O real vem sofrendo uma desvalorização em relação a diversas moedas mundiais, sobretudo o dólar, a libra esterlina e o euro. Na china, usa-se o yuan. A moeda nasceu com a nomenclatura de rén mín bì. Apesar dos altos valores em suas cédulas, o yuan possui baixo valor monetário. Para se ter uma ideia, a nota mais alta, de ¥100, equivale a pouco mais de US$15.
Há em circulação as seguintes cédulas: ¥100, ¥50, ¥20, ¥10, ¥5 e ¥1. Em Brasília, ao tentar fazer a troca de moeda, descobri que não havia disponibilidade na cidade. Em São Paulo, é possível realizar a troca no Aeroporto Internacional de Guarulhos e em diversas casas de câmbio.
Para conversão, recomendo o seguinte app:
Além da troca feita no país, é possível ainda encontrar centenas de locais para troca de moeda na própria cidade. A maioria dos bancos realiza e vários hotéis também.

Transporte
Os dois aeroportos internacionais de Xangai contam com ligação ao metrô, trem de alta velocidade, ônibus, táxis, etc.
Para uso de metrô/maglev, você pode adquirir um cartão com direito a um trecho no trem de alta velocidade e 24h de uso de metrô e ônibus, saindo por ¥58. Para comparação, o mesmo trecho de Uber sairia por aproximadamente ¥280 ou um ônibus do próprio hotel que me hospedei, ¥350.
Para os demais dias, passes de 24h do metrô estão à venda em todas as estações (¥12), tanto em guichês quanto em máquinas de auto-atendimento. Diferentemente de Moscou, todas as placas estão no idioma local e também em inglês.

Atente-se ao fato de que várias estações fecham relativamente cedo (por volta das 21 horas) e que, no horário do rush, é realmente movimentado:
Como em outras gigantes cidades do mundo, táxis também estão em todos os locais. Fato curioso é a enorme frota de Santanas na cidade!
Se a sua preferência for o Uber, ele também funciona na cidade, além dos modelos Black e uberX, também estão presentes o uberXL e o People’s Uber.
Se tiver com tempo na China, Pequim (Beijing) fica a 5h de trem ou 2h de avião. Se o seu destino for apenas Xangai, o metrô lhe levará bem e com conforto a todos os lugares.
Telefonia, internet e Wi-Fi
Como na maior parte da Ásia, a China conta com excelentes serviços de internet. As principais operadoras são China Mobile, China Unicom e China Telecom. Todas possuem quiosques de venda de chips na área de desembarque dos aeroportos. Há lojas espalhadas ainda por toda a cidade.
Escolhi a China Unicom, com um plano exclusivo de internet de 3GB por ¥350. Não tive problema de cobertura em nenhum lugar, e a velocidade da internet foi boa. Para o chinês, aparentemente o tamanho de 5 polegadas é o básico para telefone!
O governo chinês bloqueia diversos sites e serviços, tais como Google, YouTube, Instagram e praticamente todas as redes Wi-Fi públicas que encontrei na cidade requerem um cadastro com número de telefone — Apple Store e Starbucks inclusas nesta lista, logo, se você está contando com redes em todos os locais, vá com cautela.
Alimentação
Em Xangai é possível encontrar praticamente todos os tipos de restaurante do mundo. As maiores redes americanas e européias estão presentes, não apenas em fast foods.
Ficou curioso sobre os preços? Um lanche completo no McDonald’s fica em torno de ¥40. Alguns restaurantes chegam a cobrar até ¥3.000 por um jantar. Para consultar não apenas restaurantes e hotéis, recomendo:
Algumas das atrações



Mais dicas de apps:
Guia offline da China.
Tradutor/guia de frases.
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Para fechar, vamos a dois exemplos — um de uma empresa gigante que encontrou o seu caminho nas operações na China e uma outra que não teve tanto sucesso.
A Best Buy tentou aplicar o mesmo modelo de lojas na China e, em 2006, fechou todas elas. Explicação: as pessoas não queriam uma loja gigante em um local de difícil acesso, com trânsito ou dependente de vários meios de transporte. Preferiam comprar perto de sua residência.
Já o Walmart fez o dever de casa direito, criando o Family Mart — pequenos mercadinhos, mais parecidos com lojas de conveniência espalhados por toda a cidade. Imaginem o desafio da Apple em montar sua gigantesca operação por lá!
Tudo é gigantesco em Xangai, inclusive a surpresa que você tem o quanto a cidade é bacana. Espero que tenham gostado das dicas. Boa viagem e até a próxima! 😀
PS: Se está com visita marcada para Orlando, Roma, Paris, Nova York, San Francisco ou Buenos Aires, confira outras dicas de apps desta minha série Viajando com o seu iGadget!