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#iPhone6snoMM: primeiras impressões após 24 horas com o aparelho

Ontem vocês acompanharam comentários iniciais, o unboxing e alguns vídeos destacando as principais novidades do iPhone 6s. Pois agora, após 24 horas com o aparelho em mãos, chegou a hora de falarmos um pouco sobre as primeiras impressões do aparelho. É bom frisar aqui que estamos falando de impressões iniciais, o que é bem diferente de um review (algo mais profundo, que envolve comparativos e que precisa de mais tempo para que possamos explorar todos os recursos com calma).

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iPhone 6s

Eu fiz o upgrade de um iPhone 6 para um 6s. É verdade que cheguei a testar o 6s Plus por algumas horas, porém por mais que ele tenha uma tela mais interessante, uma bateria maior e uma câmera com um diferencial notável (estabilização óptica para fotos e vídeos), eu ainda acho que ele não é o tamanho ideal para mim. Na minha opinião, todos esses diferenciais bacanas perdem para o simples fato de ele ser grande demais, o que me faz ficar até um pouco desajeitado com ele. Sendo assim, voltei rapidamente para o 6s e sua tela de 4,7 polegadas1É incrível como a percepção da gente muda. Eu ainda acho o 6 Plus/6s Plus muito grande, mas já não considero o 6/6s grande como achava quando a Apple lançou esses novos tamanhos pela primeira vez, no ano passado..

O que mais me chamou a atenção nestas 24 horas de uso foi o peso. Em número a diferença é bem pouca (apenas 14 gramas), mas isso representa um acréscimo de ~11% (ou seja, percentualmente é algo representativo). A parte boa é que o iPhone 6 era bem leve, então muitos podem considerar esse ganho de peso algo até mesmo positivo já que ele fica firme na mão, nos dando a impressão de que temos um telefone ali (e não algo “oco”).

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O acréscimo de 0,2mm também é algo perceptível. Me “incomodou” menos do que o peso, mas também é algo fácil de notar (não visualmente falando, mas com o aparelho na mão mesmo). É claro que a Apple preferiria não ter que adicionar peso e espessura aos aparelhos, mas dificilmente isso é algo que prejudicará a sua experiência ou até mesmo o impedirá de comprar o novo aparelho.

iPhone 6s

Eu usava o meu iPhone 6 com uma case de silicone; agora, no 6s, gostei bastante da marrom de couro e, mesmo sabendo que as produzidas com esse material não costumam durar muito (visualmente elas se “deterioram” bem mais rápido que as de silicone), arrisquei.

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Não há muito o que falar sobre elas, mas uma coisa me chamou atenção. Eu não sei se é uma particularidade das cases de couro da Apple, mas não é nada fácil apertar os botões laterais (volume e desligar/ligar). Você precisa fazer uma força considerável para fazer isso; no mais, tive um pouco de dificuldade (na verdade mais receio do que dificuldade) de colocar o iPhone na case pois achei tudo bem justo. Tudo indica que essas cases da Apple têm a mesma medida de antes (até porque elas servem tanto para os iPhones 6s quanto para os 6), então é natural que tudo esteja bem apertado no 6s já que ele é um pouco mais espesso do que seu antecessor.

A novidade externa mais perceptível é, sem dúvida, a cor ouro rosé. E ela ficou muito bonita. Rosa é, reconhecidamente, uma cor mais feminina — assim como azul é uma cor mais masculina (as roupinhas e acessórios de bebês estão aí para não me deixar mentir). Mas isso de maneira nenhuma quer dizer que mulheres não possam optar/preferir a cor azul, assim como homens estão livres para preferir e usar algo rosa. Para completar, a tonalidade do ouro rosé dos iPhones é muito discreta. Assim como o dourado, não é algo chamativo, “agressivo”, reluzente. Eu, particularmente, gostei muito e tenho certeza de que a cor rosa é o novo dourado e fará um enorme sucesso!

Eu estou impressionado com a velocidade do Touch ID. De verdade, ele ficou muito, muito rápido! Tão rápido ao ponto de me “atrapalhar” um pouco. Explico: eu costumo apertar o Touch ID para visualizar as notificações do aparelho2Sim, mesmo tendo um Apple Watch, passear pelas notificações é algo muito mais fácil e “prazeroso” pela tela grande do iPhone do que pela telinha do relógio.; o problema é que, agora, tudo está tão rápido que basta apertar o Touch ID para que o telefone seja desbloqueado. E mesmo eu tentando fazer esse movimento de forma bem rápida, ele ainda consegue ler a minha impressão digital e desbloquear o telefone. Ou seja, a partir de agora eu terei que apertar o botão de ligar/desligar para poder ativar a tela e visualizar as notificações.

iPhone 6s

As Live Photos são legais, principalmente para pessoas como eu, que têm filhos pequenos. Eu não tenho dúvidas de que vou tirar umas “fotos vivas” muito bacanas da minha filha, mas no geral é um recurso legal que não faz tanta diferença assim para a maioria dos usuários. Eu provavelmente vou deixar as Live Photos desligadas por padrão e ativar apenas quando quiser capturar uma imagem dessa forma. A parte boa disso é que vou economizar espaço no meu aparelho já que cada Live Photo ocupa o espaço de duas fotos “normais”. A parte ruim é que você perde aquela transição superbacana, com um pouco de movimento, ao passar de uma foto para a outra — este vídeo da Apple mostra bem isso.

A mesma coisa vale para as imagens de fundo intituladas “Live”. É legal pressionar um pouco a tela e ver a animação acontecendo (sejam as imagens oficiais da Apple ou alguma Live Photo tirada pelo usuário). Mas é algo que você vai fazer uma, duas, três vezes… depois mais algumas para demonstrar tudo para amigos/familiares e depois vai esquecer. É legal, mas não considero um diferencial.

O 3D Touch, sim! Ainda que você precise se acostumar com essa nova camada de interação, em muitas situações você conseguirá ser bem mais produtivo com ele do que navegando e fazendo o que você gostaria pelo método tradicional. Nestas 24 horas eu confesso que esqueci algumas vezes do recurso (algo normal, afinal, eu interajo no iPhone com toques na tela há alguns anos). Mas quando lembro, vejo como ele nos ajuda a chegar aonde queremos de uma forma mais rápida. Vamos torcer para que desenvolvedores realmente abracem o 3D Touch!

Vale destacar aqui o recurso trackpad do teclado virtual do iPhone 6s. Ele também precisa de uma curva de aprendizagem por ser algo bem novo, mas os benefícios são tantos (é uma forma bem mais simples de posicionar o cursor no lugar que você deseja) que, se você fizer algumas vezes, não vai mais conseguir voltar ao antigo método (encostar o dedo no texto, esperar a lupa aparecer e deslizar para o local desejado).

Por que a Apple implementou isso apenas nos novos iPhones? Nos iPads — e nas primeiras versões beta do iOS 9 para iPhones/iPods touch —, você ativa o recurso tocando no teclado com dois dedos. Em tablets funciona muito bem, mas não é bem o tipo de interação que você faz em iPhones. O recurso é legal, mas ativando dessa forma não estava nada intuitivo. Pois a Apple preferiu usar o 3D Touch (pressão) para isso e a implementação ficou muito boa. Para alguns foi ruim testar tudo por um tempo em iPhones “antigos” e depois não ter mais o recurso disponível, mas eu entendo a posição da Apple, aqui.

iPhone 6s

A câmera, como sempre, melhorou. Foi um salto bem significativo tanto para a iSight (traseira) quanto para a FaceTime HD (frontal), mas principalmente para a frontal. Se você é uma pessoa que tira muitas selfies, vai gostar bastante do upgrade. O flash frontal implementado pela Apple realmente faz diferença e para os fãs do iPhonão (Plus), a estabilização óptica para videos já se mostrou ser um grande diferencial em alguns comparativos que vimos por aí.

A navegação como um todo, é claro, está bem mais rápida. Seja pelo processador A9 ou pelos 2GB de RAM (os antigos iPhones possuem 1GB de RAM), tudo está mais suave e responsivo no iPhone 6s. Talvez não seja algo tão perceptível como o Touch ID, mas no novo aparelho você consegue fazer tudo de forma mais rápida. E com mais RAM, podemos abrir diversas abas no Safari sem nos preocupar, voltar a utilizar aplicativos exatamente de onde paramos, etc. Algo esperado, mas que é sempre bom confirmar.

·   ·   ·

Devo trocar o meu iPhone 6/6 Plus pelo novo? Esta é uma pergunta que muitos fazem mas que, no fundo, não tem uma resposta pronta. Muita coisa deve ser analisada e várias delas, bem pessoais (com o dólar do jeito que está os novos iPhones não custarão barato, por exemplo). Eu sempre digo que, se não trabalhasse neste mundo, muito provavelmente faria upgrades de dois em dois anos. Se eu escolheria os modelos “s” (por exemplo iPhones 4s/5s/6s) ou numerais (iPhones 4/5/6), eu não sei.

Superficialmente, eu diria que qualquer pessoa que tem um iPhone 5s ou inferior fará um baita negócio trocando seus atuais aparelhos pelos novos modelos. Já quem tem um iPhone 6 ou 6 Plus deve analisar se algum desses diferenciais do 6s chamou demais a atenção. Se a resposta for “sim”, troque e seja feliz; se for não, você continua com um ótimo aparelho em mãos (um dos melhores do mercado) e pode muito bem esperar mais tempo para trocá-lo. 😉

Notas de rodapé

  • 1
    É incrível como a percepção da gente muda. Eu ainda acho o 6 Plus/6s Plus muito grande, mas já não considero o 6/6s grande como achava quando a Apple lançou esses novos tamanhos pela primeira vez, no ano passado.
  • 2
    Sim, mesmo tendo um Apple Watch, passear pelas notificações é algo muito mais fácil e “prazeroso” pela tela grande do iPhone do que pela telinha do relógio.

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