Processos contra a Apple são bem comuns e, nesta semana, a Maçã se viu envolvida em mais duas disputas.
Na primeira, a Immersion (uma empresa que desenvolve e licencia tecnologias de feedback háptico) acusa a companhia de violar três patentes (8.619.051, 8.773.356 e 8.659.571) ao utilizar tecnologias como 3D Touch, Force Touch, Taptic Engine e padrão de vibrações para notificações e ringtones nos iPhones 6s/6s Plus e nos Apple Watches.
“Ainda que tenhamos prazer em ver outros na indústria reconhecendo o valor do [feedback] háptico e o aprovando em seus produtos, é importante para nós proteger nosso negócio contra a violação de propriedade intelectual, a fim de preservar o ecossistema que construímos e os investimentos que temos feito com o intuito de continuar avançando as experiências táteis. Vamos defender vigorosamente a propriedade intelectual que desenvolvemos quando ela for violada”, disse Victor Viegas (CEO da Immersion).
Curiosamente, a empresa também processou a AT&T alegando que ela não apenas vende os produtos da Apple como oferece guias, orientações e outros materiais os quais incentivam e facilitam a infração dos seus inventos. Ainda que qualquer operadora possa se encaixar nessa descrição, apenas a AT&T foi citada.
A segunda disputa é sobre o Erro 53 que falamos recentemente.
Para quem não sabe, este erro aparece depois que usuários de iPhones trocam a tela/botão de Início (com Touch ID) em assistências técnicas não-autorizadas. Depois da troca, tudo funciona normalmente; o problema acontece quando o usuário vai atualizar/restaurar o aparelho.
O problema todo é que as peças utilizadas no reparo não são componentes provenientes do dispositivo original. Aí, quando o iPhone faz a verificação (durante a atualização/restauração) para validar essas pecas, o dispositivo apresenta o tal do Erro 53 e simplesmente para de funcionar.
A Apple argumenta que desativa o aparelho para proteger o Touch ID e a Secure Enclave (local onde ficam armazenadas as informações de impressão digital). De acordo com a empresa, sem a verificação de validação, um Touch ID com algum tipo de código malicioso poderia ser usado para ter acesso à Secure Enclave.
Pois Darrell Cochran (advogado da PCVA, responsável pela ação coletiva) alega que o argumento da Apple é inválido já que os iPhones funcionam perfeitamente por meses após o reparo até que a verificação da validação acontece ao atualizar/restaurar. Além disso, o advogado fala que a Apple erra ao não avisar ao usuários sobre as consequências do update/restauração em questão.
Além de novos iPhones para usuários afetados, a ação coletiva exige ainda uma multa de US$5 milhões e uma atualização de software para eliminar essas restrições de reparo fora de uma assistência técnica autorizada (ou na própria Apple).
A Apple ainda não se manifestou sobre o problema envolvendo o Erro 53, mas fontes do MacRumors informaram que algumas lojas da empresa foram autorizadas a trocar as telas/botões de Início de aparelhos que sofreram reparos de assistências não-autorizadas a fim de não gerar mais dor de cabeça a clientes.
[via MacRumors, AppleInsider]