Quando Tim Cook escreveu uma carta aberta afirmando que não concordava com o pedido do governo para que a Apple ajude o FBI a hackear o iPhone de um terrorista, falamos que essa história toda estava longe de terminar. Dito e feito.
Hoje, conforme informou a CNBC, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (U.S. Department of Justice) entrou com um recurso para que a Apple seja obrigada a obedecer a ordem do juiz, ajudando o FBI na investigação.
A ideia é que a Apple crie uma ferramenta para desativar alguns recursos de segurança do iPhone em questão que está na posse do FBI, abrindo caminho para uma investigação mais minuciosa. O CEO da Apple, apesar de entender os motivos do pedido e de não compactuar com os atos do casal Tashfeen Malik e Syed Farook — terroristas que mataram 14 pessoas e deixaram outras 22 feridas ao invadir o Inland Regional Center (uma instituição de apoio a deficientes na cidade de San Bernardino, na Califórnia) com dois rifles e duas pistolas —, disse que se a sua empresa for obrigada a criar essa ferramenta estará abrindo um precedente enorme, deixando usuários de iPhones desprotegidos já que a tal ferramenta poderia cair em mãos erradas.
A Apple deveria responder se aceita ou não ajudar o FBI até o dia 23/2 (terça-feira), porém o tribunal deu mais três dias e a Maçã tem agora até 26/2 (sexta-feira) para se posicionar. Esta nova investida do DoJ significa que, se a Apple optar mesmo por manter a sua posição e não ajudar a criar uma backdoor em seu sistema operacional móvel, terá que enfrentar mais desafios.
Complicado. Veremos o que acontece nos próximos dias…
[via 9to5Mac]