Conforme vocês têm acompanhado em nossa cobertura das versões beta do iOS 9.3, a grande novidade do update será o modo Night Shift — que funciona tal como o f.lux no OS X, ajustando a “temperatura” das cores da tela de iGadgets à noite, a fim de amenizar sintomas de insônia e afins.
O próprio f.lux tentou entrar na App Store há alguns anos, sem sucesso. Pois parece que agora, com o Night Shift chegando, a Apple decidiu flexibilizar as coisas.
O FlexBright, aplicativo da Intelligent Apps que já está na App Store desde janeiro, foi atualizado anteontem para a sua versão 2.0 e agora conta com um “Filtro de Luz Azul” (“Blue Light Filter”) — recurso que faz basicamente o mesmo que o Night Shift do iOS 9.3.
O ajuste do tom amarelo na tela é um pouco diferente do da Apple (um pouco mais acentuado), porém a proposta é a mesma. E, uma vez ajustada a “temperatura” pelo FlexBright, ela se mantém configurada por todo o sistema operacional — inclusive em apps de terceiros.
A grande desvantagem do FlexBright, tirando a sua interface horrível, é que ele não funciona de forma totalmente automática como o Night Shift. O usuário deve configurar notificações e, através delas, ativar o recurso pela interface do app. Por outro lado, ele já está disponível hoje mesmo para quem não está testando as betas do iOS 9.3 e é compatível com o iOS 7.0 ou superior, ou seja, leva tal funcionalidade até mesmo para iPads e iPhones/iPods touch que não serão compatíveis com o Night Shift (ele requer dispositivos modernos, com processadores de 64 bits).
O FlexBright é pago na App Store, mas pelo menos oferece alguns outros tipos de configurações além da “temperatura” em si — inclusive um “Modo Escuro” (“Dark Mode”) que deixa os iGadgets todos monocromáticos. Vale conferir.
[via MacRumors]
Atualização · 08/03/2016 às 14:44
E pelo jeito a Apple aprovou o app por engano… O FlexBright não está mais disponível na App Store. 😕
Atualização II · 09/03/2016 às 17:58
Ao MacRumors, o desenvolvedor do FlexBright afirmou que a Apple realmente não quer aplicativos que alterem a “temperatura” (cores) da tela na sua loja e que a aprovação dele — mesmo após algumas rejeições — foi um engano.
Além disso, Sam Al-Jamal foi pego pela Apple usando classes personalizadas com base em APIs privadas e também fazendo uso indevido de áudio silencioso para manter o app rodando sempre em plano de fundo (o que pode aumentar o consumo de bateria, diga-se).
A Apple declarou que, com esses ajustes, o FlexBright poderia voltar à App Store. O problema é que usuários que o compraram pelo “Filtro de Luz Azul” perderiam o recurso. Desta forma, Al-Jamal está declarando o fim do FlexBright. Quem instalou, instalou.