Os grandes data centers que a Apple já possui estão, em maior parte, dedicados aos conteúdos de streaming e distribuição de mídia. Isto significa que muitos serviços do iCloud ainda são terceirizados, utilizando infraestruturas de Amazon, Google e Microsoft — como já explicamos aqui.
Com a intenção de se desprender das amarras desses serviços, a Maçã vem trabalhando no que foi chamado internamente de “Projeto McQueen”. A criação da sua própria infraestrutura de nuvem visa promover melhorias de estabilidade do iCloud e em outros aplicativos da Apple, assim como reforçar a segurança dos seus dados. Apesar da boa intenção, parece que a empresa está precisando lidar com alguns desentendimentos e desistências nesse processo migratório.
Os planos seriam de tornar a infraestrutura que a Siri já possui e estendê-la a outros serviços. Porém, a partir de relatos anônimos, o The Information expôs [matéria fechada para assinantes] que essa parceria talvez não tenha sido recebida da melhor maneira. Isso porque a expansão do grupo responsável pela Siri — liderado por Patrick Gates — pode ameaçar a existência do grupo responsável pelo iCloud (composto pelo supervisor Eric Billingsley e mais de 1.000 engenheiros), que acabaria por ser considerado “desnecessário e irrelevante”.
Depois de algumas discussões acaloradas entre ambos os grupos, incluindo disputas infantis de “quem é melhor do que quem”, um marujo já pulou fora do barco. Este foi Steve D’Aurora, gerente de engenharia recrutado pela Apple durante a aquisição da Siri pela empresa em 2010.
Apesar dos trancos e barrancos, a Maçã ainda espera que seu projeto esteja pronto até meados de 2017, com a primeira leva de aplicativos/serviços sendo possivelmente o Game Center, o CloudKit e o Apple Maps.
[via 9to5Mac]