A Apple acaba de divulgar seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2016, finalizado no dia 26 de março.
A companhia faturou US$50,6 bilhões no período, com lucro líquido de US$10,5 bilhões — ou US$1,90 por ação diluída. Os resultados comparam-se a US$58 bilhões, US$13,6 bilhões e US$2,33, respectivamente, no segundo trimestre fiscal de 2015. É a primeira queda anual da empresa desde 2003, que já era esperada pela previsão que a Apple deu no primeiro trimestre fiscal.
A margem bruta no período foi de 39,4%, contra 40,8% há um ano. Vendas internacionais compreenderam 67% de todo o faturamento trimestral.
Eis os números de vendas no trimestre:
- iPhones: 51,2 milhões (queda anual de 16%), US$32,9 bilhões em receita (queda anual de 18%)
- iPads: 10,3 milhões (queda anual de 19%), US$4,4 bilhões em receita (queda anual de 19%)
- Macs: 4 milhões (queda anual de 12%), US$5,1 bilhões em receita (queda anual de 9%)
- Serviços: US$6 bilhões em receita (aumento anual de 20%)
- Outros produtos: US$2,2 bilhões em receita (aumento anual de 30%)
Declaração do diretor executivo (CEO) Tim Cook:
Nossa equipe foi muito bem frente a fortes dificuldades macroeconômicas. Estamos bem contentes com o crescimento forte e contínuo de receitas em Serviços, graças à força incrível do ecossistema Apple e nossa base crescente de mais de 1 bilhão de dispositivos ativos.
E a do diretor executivo (CFO) Luca Maestri:
Geramos um forte fluxo de caixa operacional de US$11,6 bilhões e retornamos US$10 bilhões a acionistas através do nosso programa de retorno de capital durante o trimestre de março. Graças à força dos nossos resultados corporativos, estamos felizes em anunciar hoje um novo aumento ao programa, para US$250 bilhões.
Olhando à frente para o terceiro trimestre fiscal de 2016, a Apple estima uma receita entre US$41 e US$43 bilhões, margem bruta entre 37,5% e 38%, gastos operacionais entre US$6 e US$6,1 bilhões, outras receitas/(despesas) de US$300 milhões e uma taxa de impostos de 25,5%. Ou seja, novamente ela prevê uma queda anual em relação ao terceiro trimestre fiscal de 2015.
Programa de retorno de capital vai a US$250 bilhões
A Apple anunciou hoje também que o seu Conselho Administrativo aprovou um aumento de US$50 bilhões no programa de retorno de capital a acionistas da empresa. Até março de 2018, serão um total de US$250 bilhões pagos em dinheiro.
Como parte desse programa atualizado, o Conselho aumentou a autorização de recompra de ações de US$140 para US$175 bilhões. Além disso, o dividendo trimestral será aumentado em 10% — chegando a US$0,57 por ação, pagáveis em 12 de maio de 2016 a todos os acionistas registrados até o fim dos negócios em 9 de maio de 2016.
Desde o início do programa, em agosto de 2012, a Apple já retornou US$163 bilhões a acionistas — incluindo US$117 bilhões em recompra de ações.
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Às 18 horas (pelo horário de Brasília), a Apple transmitirá uma conferência via áudio para discutir todos esses números e mais. Posteriormente, como de praxe, o MacMagazine publicará todos os detalhes que rolarem por lá.
Atualização · 26/04/2016 às 17:50
Obviamente, a queda anual nos números não agradou nem um pouco Wall Street. Neste momento, as ações da Apple [NASDAQ:AAPL] — que fecharam a terça-feira em uma leve queda de 0,69%, cotadas a US$104,35 — estão despencando 6,7% nas negociações pós-fechamento dos pregões, cotadas agora a US$97,37.