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Teste, parte 3: qual dos cinco principais apps para streaming de músicas consome mais dados?

O MacMagazine continua sua épica cruzada contra os apps glutões de dados nesta época de incertezas acerca da internet brasileira. Depois de testarmos os aplicativos de videoconferência e os de VoIP, hoje vamos virar nossas atenções para outro segmento extremamente popular entre os consumidores: streaming de músicas.

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Apps/serviços de streaming de música

Para isso, convocamos os cinco serviços mais usados para se colocar o som na caixa: Apple Music, Deezer, Google Play Music, Spotify e TIDAL.

A metodologia do teste, novamente, foi bem simples. Para fazê-lo o mais representativo possível, selecionamos quatro músicas de estilos bastante diferentes e as reproduzimos em cada um dos aplicativos. O aparelho utilizado foi um iPhone 5c conectado à rede de dados 4G da Claro, e nos certificamos que todos os apps estavam com o cache limpo antes de iniciarmos o comparativo; desligamos também o acesso à rede celular para todos os outros apps do telefone durante o teste, para evitar que o consumo em segundo plano afetasse as medições. Ao fim de cada reprodução, aferimos o consumo de dados com a ajuda do aplicativo My Data Manager.

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Em todos os serviços é possível configurar de alguma forma a qualidade da transmissão em redes móveis; em todos, deixamos ativada a qualidade “normal” (ou “padrão”, no caso do Deezer). No Apple Music, desligamos a opção de reproduzir em alta qualidade nas redes celulares. No caso do TIDAL, a versão testada aqui é a “comum”, e não o TIDAL HiFi, mais caro, que promete qualidade de áudio lossless e muito superior aos concorrentes. Por fim, tivemos o cuidado de nos certificar que as músicas tocadas eram sempre exatamente iguais: mesmo álbum, mesma duração, mesma versão.

Findados os esclarecimentos prévios, vamos aos números:

“Helter Skelter”, The Beatles “Construção”, Chico Buarque “Fight The Power”, Public Enemy Dança Espanhola de “Lago dos Cisnes”, Tchaikovsky TOTAL
TIDAL 3,5 MB 5,7 MB 3,1 MB 2,1 MB 14,4 MB
Apple Music 4,4 MB 6,4 MB 3,2 MB 4,2 MB 18,2 MB
Deezer 7,3 MB 7,9 MB 4,9 MB 1,3 MB 21,4 MB
Spotify 6,6 MB 10,1 MB 3,8 MB 1,7 MB 22,2 MB
Play Music 8,4 MB 13,7 MB 5,1 MB 4,8 MB 32 MB

Um adendo: não incluí desta vez os comentários individuais sobre a qualidade de cada serviço. Não me considero um audiófilo e não disponho nem do equipamento nem dos ouvidos necessários para fazer tais comparações, mas digo que, pessoalmente, tive a impressão de qualidade sonora parecida em todos os aplicativos — sua experiência, entretanto, pode variar.

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Dito isto, em termos puramente numéricos, temos um claro (e surpreendente?) campeão: o TIDAL foi o serviço que consumiu menos dados em quase todas as músicas, terminando o teste com uma boa vantagem sobre o segundo colocado, o Apple Music. Um pouco atrás, Deezer e Spotify — os dois veteranos do comparativo — tiveram quase um empate técnico, com performances razoavelmente parecidas. Lá na rabeira, o Google Play Music foi o glutão do dia, com uma taxa de consumo bem superior à dos seus concorrentes.

Algumas considerações, entretanto, devem ser feitas. Quando o assunto é velocidade absoluta, o Spotify nada de braçada: todas as canções começam a ser tocadas quase que imediatamente, enquanto em todos os outros há uma espera de 4-5 segundos (quem sabe isso mude se o “Projeto McQueen” sair do papel, no caso da Apple). Já em termos de interface do usuário, mesmo com toda a subjetividade do quesito, o Apple Music e o TIDAL perderam pontos: seus aplicativos confusos estão em um nível abaixo das soluções mais simples e bem-desenhadas de Spotify, Deezer e Play Music.

Também é bom levarmos em conta o valor da assinatura mensal padrão de cada um dos serviços. Spotify, Deezer e Play Music custam R$14,90/mês, enquanto os outros dois cobram em dólar: o Apple Music sai por US$4,99/mês (aproximadamente R$17,40, hoje) e o Tidal pede US$3,99/mês (~R$13,90). Todos, com exceção do Deezer, oferecem planos familiares, com valores reduzidos a cada usuário extra.

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Então, concluindo, o TIDAL vence na batalha do consumo, mas perde em outros aspectos; cabe a você, consumidor, pesar o que importa mais pra você. Lembre-se de que todos estes aplicativos oferecem um mês de testes gratuito (o Apple Music oferece três!), então dá pra testar tudo por si mesmo e ver qual deles se encaixa mais no seu estilo. As bibliotecas também variam um tanto entre eles, e a força da Apple já tem lhe garantido algumas exclusividades — mesmo que temporárias.

Ficamos por aqui. Esperamos ter ajudado e até a próxima semana, com mais um comparativo épico e triunfante para o bem maior.

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