Aqui no Brasil, gritam, fecham ruas e queimam carros. O Uber já está nas terras canarinhas há quase dois anos e a revolta dos taxistas parece estar aumentando a cada dia. Enquanto isso, na China os carros pretos crescem cada vez mais e não são os únicos nesse mercado. A notícia da vez é que a nossa querida Maçã quer ajudar a apimentar a concorrência chinesa, trazendo para si alguns bônus em relação à China.
Ontem à noite (12/5), a Reuters noticiou que a Apple investiu US$1 bilhão no serviço de carona Didi Chuxing, a grande rival do Uber na China. De acordo com o CEO da Maçã, Tim Cook, o investimento possibilitará à empresa “conhecer mais a fundo o mercado chinês”, além de acreditar que terá um bom retorno com o tempo.
Com aproximadamente 87% do mercado de carona chinês, a Didi acumula 11 milhões de corridas por dia. Apesar de já ter arrecadado “alguns bilhões de dólares”, o investimento da Apple é o maior que já receberam e, com ele, a empresa chinesa passa a ser avaliada em US$26 bilhões — sendo considerada a quarta startup mais valiosa do mundo.
Em entrevista à Bloomberg, a presidente da Didi, Jean Liu, contou que as negociações com a Apple se iniciaram há apenas 22 dias, quando ela se encontrou com Cook em Cupertino. A princípio — informou uma fonte anônima — o intuito da reunião era apenas discutir sobre o mercado chinês e possíveis oportunidades de colaborações. Liu contou que o acordo aconteceu muito rápido e que Cook é um líder impressionante. Agora, as duas empresas começam a conversar sobre colaborações também em outros setores como produtos, marketing e tecnologia.
Depois dessa jogada, os murmurinhos dentro do mundo da tecnologia têm se voltado também para o interesse da Maçã em carros. Mesmo que o próprio Cook tenha dito à Reuters que o foco da Apple estaria em experiências no interior de carros – com o CarPlay —, a enxurrada de notícias sobre os novos prédios e as constantes contratações de especialistas do ramo automotivo nos levam a pensar sobre o rumorado “Apple Car”. Evitando uma confirmação, Cook apenas disse: “Isso é o que nós fazemos hoje no negócio de carros. Veremos o que o futuro nos trará”.
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Não houve pronunciamento oficial do Uber, mas seu CEO, Travis Kalanick, apareceu na rede social do passarinho ironizando a situação.
girlfriend owns @apple shares which makes her a didi investor… #Smh #ridesharewars #domesticissues #thanksALotTim
— travis kalanick (@travisk) May 13, 2016
Minha namorada tem ações da @Apple, o que a faz uma investidora da Didi… #BatalhadedeCompartilhamnetodeCaronas #ProblemasDomésticos #MuitoObrigadoTim
[via MacRumors, AppleInsider]
Atualização · 16/05/2016 às 12:05 Talvez na tentativa de atrair mais mídia chinesa, Tim Cook visitou nesta segunda-feira (16/5) a Apple Store, Wangfujing. Segundo o China Daily, o CEO da Maçã teria visitado a loja para um seminário apresentado pela presidente do Didi Chuxing, Jean Liu, contando com a presença de alguns dos melhores desenvolvedores chineses. Cook elogiou os criadores de apps, dizendo que seus trabalhos condiziam com o “espírito Apple”. Se esse foi realmente o único motivo de estar no país, ainda não se sabe, mas ele acabou aproveitando para fazer uma “propaganda” do Didi tanto no Weibo quanto no Twitter. "Taxi!" Caught a cab in Beijing this morning with Didi Chuxing's Jean Liu. pic.twitter.com/Sl2xnzXtNY — Tim Cook (@tim_cook) May 16, 2016 Peguei um taxi em Pequim esta manhã com Jean Liu, do Didi Chuxing. Assim que sair da China, a próxima parada de Cook será a Índia, como afirma a Reuters. Algumas fontes anônimas relataram que o executivo se encontrará com o primeiro-ministro Narendra Modi e o principal motivo seria discutir a rejeição da Índia em vender iPhones usados — manobra que possibilitaria à Maçã oferecer aparelhos mais em conta e, assim, crescer no país. Sendo apenas rumores, não há confirmação da ida de Cook, porém alguns sites também relembram o fato de a parceira da Apple, a Foxconn, estar interessada em abrir no país uma unidade de fabricação de iPhones. [via AppleInsider, 9to5Mac]