Se você, assim como eu, chorou ficou triste quando zerou o lindíssimo Monument Valley, vai ficar feliz em saber que a mesma mecânica de jogo está sendo adotada por muitos jogos por aí. Com uma apresentação muito parecida, o cativante Mekorama (“Mechanical diorama”) se apropria dessa mecânica e vai muito além.
Peço desculpas de antemão pelo uso exacerbado de diminutivos nesta resenha, mas não consegui me conter diante deste joguinho fofinho.
Mekorama é um jogo quebra-cabeça com um cenário 3D cujo objetivo é levar o cambaleante robozinho de volta para casa. Para isso, você precisa ir de um ponto a outro, passando por mecanismos que dificultam facilitam seu movimento pela fase.
Apesar de a atmosfera, os sons e o visual lembrarem Monument Valley, ele consegue encantar e se destacar por alguns fatores. Antes mesmo de iniciar o jogo, você percebe o modo cuidadoso e incrível com que as fases foram organizadas. Isto é, cada fase é um cartãozinho guardado em um tipo de catálogo que possui cinco páginas diferentes. Ao selecionar um cartão, a fase escolhida pula na tela, revelando seu número, nome e — pasmem — código QR. Para quê? Bem, o genial criador Martin Magni achou que seria interessante que cada fase tivesse seu código de compartilhamento. Todos podem acessar uma fase específica apenas escaneando o código de uma imagem, do celular de alguém ou baixando a imagem. Não é legal?
Junto do código QR, a funcionalidade que mais me faz querer dar um abraço no Magni é a de criação de fases. Sim, você leu corretamente: criação de fases. Qualquer ser humano portando um aparelho com iOS ou Android pode criar fases e compartilhá-las através de códigos em redes sociais, por email, etc. O próprio Magni já disponibiliza a fase “bônus” chamada Pinball Delusion para nos inspirar.
Outro fator que me chamou a atenção foi o desengonçado robozinho principal. Ele é basicamente a versão 3D do Odd, personagem do jogo pago Odd Bot Out feito pelo mesmo criador. Não existe muita “ação” no jogo, basta você tocar em um lugar e o robozinho vai andando desajeitadamente até esse ponto — mas é tão engraçadinha a maneira com que ele faz isso que achei válido citar.
Após descrever as maravilhas proporcionadas pelo game, você me pergunta: quanto custa? Por mais inacreditável que possa ser, Magni decidiu adotar a tática “pague o quanto você quiser”. Isso significa que, se você quiser jogá-lo gratuitamente pelo resto de sua vida, você pode. Mas, se quiser contribuir, pode escolher dentre os variados valores a partir de US$1. E, como Magni escreveu: “Se você não pode pagar mas gostou do jogo, escreva uma resenha!”
Não sei o que vem a partir de hoje, mas por mim pode fechar a conta de 2016 porque esse jogo é apaixonantemente maravilhoso!
Ah: se isso tudo não for suficiente para fazer com que você o baixe, talvez a recomendação do próprio Phil Schiller (chefão de marketing da Apple) lhe convença. 😉
Fun mechanical dioramas
Mekorama #AppStore https://t.co/MVk0BRorhF— Philip Schiller (@pschiller) 17 de maio de 2016
[via Cult of Mac]