O melhor pedaço da Maçã.

O iPad é lindo, mas será que ele serve mesmo para digitar textos longos?

Quando o primeiro iPhone esnobou os teclados físicos em prol de uma solução via software + touchscreen, muitos duvidaram da sua utilidade para textos longos. Quase três anos depois, poucas pessoas consideram isso um problema e, mais relevante ainda, os concorrentes estão repetindo a estratégia para lançar smartphones mais finos e leves, com menos partes móveis sujeitas a dano.

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Agora que o iPad chegou às ruas, é hora de nos perguntarmos: o teclado virtual dele serve para alguma coisa? Veja este exemplo encontrado pelo Cult of Mac e estrelado por Philip “Pud” Kaplan:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=IbnvRqjVLDM[/youtube]

Tudo bem, não temos feedback tátil no iPad, mas eu acho que a performance acima não deve ser muito difícil de reproduzir — pelo menos não para quem consegue digitar sem olhar pro teclado. Ora, se o posicionamento das teclas é o mesmo, não necessariamente a pessoa vai se guiar pelos pequenos marcadores que há no F e no J, podendo eles serem substituídos por uma olhada rápida para checar a posição relativa dos dedos.

Ainda cético? Vamos então ouvir de alguém que vive da digitação de textos.

A maior dúvida de Larry Magid, do CBS News, quanto ao novo gadget, era em relação à capacidade de produzir trabalho sério nele. Pois então, antes de falar mal, Magid o pôs à prova e escreveu quase um artigo inteiro usando o gadget. Para o colunista, aclimatar-se ao Pages para iPad foi coisa que levou cinco minutos — ponto para o time de software de Cupertino!

Contudo, por ser um proficiente digitador (datilógrafo?) desde os tempos da máquina de escrever, Magid já enfrentara problemas com software que não acompanhava sua velocidade de escrita, portanto sua primeira preocupação foi que a dupla iPad + teclado Bluetooth não desse conta. Isso, meus caros, passou longe de ser um problema.

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O teste seguiu, então, sem o teclado acessório e, ao usar a versão virtual na tela de vidro do iPad, Magid notou uma redução na velocidade e um aumento no número de erros. Entretanto, ainda assim, ele considerou seu desempenho melhor que o esperado. Sua queixa de maior destaque foi o fato de o layout do teclado virtual não ser _exatamente_ igual ao de um tradicional, pois os números e símbolos só são acessíveis após ser pressionada uma tecla especial. Apesar disso, o colunista imagina que a geração de crianças que está tendo contato cada vez maior com teclados em telas de vidro pode chegar a preferir as soluções virtuais aos botões de plástico.

A coluna segue, com Magid comparando a versatilidade da tablet com a de laptops para realizar gravações em áudio (sabia que Charlie Kaye já fez uma transmissão nacional via rádio [MP3, em inglês] gravada num iPad?) e expondo sua opinião sobre o app Kindle para iPad (ele gostou).

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Quer saber? Se o teclado minúsculo de um iPod touch já é viável para escrever um email ou um tweet, imagino que não seja um grande problema usar uma versão quatro vezes maior. Permitir o uso de teclados Bluetooth, porém, foi o verdadeiro #WIN da Apple — enquanto aquele dock com teclado, eu considero um #epicFAIL em termos de concepção, design, portabilidade, utilidade e preço.

Sinceramente, no que estavam pensando? Em transformar um iPad num desktop?

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