Antes de começar esse texto, eu queria contar um pouquinho para vocês da minha história de amor por tecnologia, principalmente a tecnologia mobile.
Fui usuário de diversas marcas e tive inúmeros celulares. Eu adorava trocar de modelo mas não era porque o que eu tinha estava obsoleto. Era simplesmente pelo fato de que um melhor havia sido lançado, com um design mais inovador ou com características mais interessantes. A novidade sempre me encantou.
Essa paixão começou com um tijolar da Motorola, o PT-550, e depois não parou. Até hoje lembro com nostalgia de alguns telefones que eu fui apaixonado: Siemens S45i e SL55; Motorola V70 e SX1; Sony Ericsson T68i, T630, K700, K750, K800, W810; os inesquecíveis Nokia 8210, 8890, 8910i, 7610, N90, N91 e o super N95! Depois deles, foi a hora de eu começar a usar os famosos smartphones. O meu primeiro foi um Palm Treo 600 e, em seguida, o 650.
Depois desse “menu” de celulares, fui apresentado ao iPhone e ao mundo Apple do qual eu nunca mais saí. Já fiz milhares de loucuras para ser um dos primeiros a ter acesso aos iPhones, aos iPads, ao Apple Watch, etc.
Recentemente eu vi que a Samsung tinha acabado de lançar no Brasil o Samsung Pay, um sistema de pagamento no qual você adiciona o seu cartão de crédito/débito e transforma o telefone em uma carteira digital. Resumindo, é “igual” ao Apple Pay, só que da Samsung — falarei mais sobre ele já, já.
Assim que vi a notícia, despretensiosamente tweetei:
Bem quem a @SamsungBrasil poderia me mandar um S7 Edge edição olímpica para eu testar hem… ficou bem legal esse aparelho.
— MacMasi (@macmasi) 25 de julho de 2016
E não é que a Samsung entrou em contato, me oferecendo um aparelho para testes?! Fiquei super-empolgado com a oportunidade e topei o desafio de ficar alguns dias sem o meu iPhone para testar a fundo esse device — coisa que o Rafael não fez até hoje! 😈
Depois de alguns dias, recebi em meu escritório a edição olímpica do Samsung S7 edge. Vocês podem conferir o unboxing aqui:
Primeiras impressões
O visual dele é fantástico! A tela de 5,5 polegadas com os cantos arredondados chama a atenção de qualquer um. O acabamento é de altíssima qualidade e mudou completamente a minha impressão de que os celulares Android não tinham excelência na sua construção.
Ao ligar o aparelho, comecei a configurar um Android pela primeira vez. Os primeiros passos são supertranquilos, você só tem que colocar a sua conta do Google (equivalente ao iCloud, da Apple) e depois criar uma conta na plataforma da Samsung para ter acesso a alguns apps e promoções legais.
Depois de configurado, minha primeira dificuldade foi conseguir me localizar no aparelho. Os aplicativos não ficam “de cara” na tela inicial (home). O iOS é muito baseado em gestos e não tem uma organização sem um primeiro plano. Não preciso entrar em nenhum lugar para ver todos os meus apps, basta deslizar o dedo para o lado que eles aparecem.
Para que eu ficasse mais à vontade com a plataforma, baixei alguns apps que fazem personalizações. O que eu mais gostei foi o Nova Launcher. Consegui deixar o S7 com a minha cara e ficou muito mais fácil me adaptar com a navegação entre apps e pastas do Android. No fim, acabei gostando bastante dessa liberdade que o sistema proporciona, conseguindo fazer absolutamente tudo o que eu quero com a interface. 😊
Outro ponto positivo do S7 sobre o meu iPhone 6s é a qualidade de câmera. Fiquei boquiaberto com a qualidade das fotos do S7, principalmente quando o ambiente está com pouca luz. Vejam duas fotos que tirei, nas quais comparei a qualidade do meu iPhone com o S7.
Uma coisa em que estou totalmente viciado é o Samsung Pay. Ele é muito, muito legal! Eu simplesmente não levo mais a minha carteira na hora do almoço, faço pagamento direto com ele. E o melhor é que não preciso me preocupar se o restaurante está adaptado ou não para receber o pagamento já que o Samsung Pay funciona em *qualquer* maquininha de cartão. Isso mesmo! Em qualquer máquina — e isso é fantástico!
Se o terminal de pagamento tiver a tecnologia NFC1Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade., ele funciona de forma idêntica ao Apple Pay: basta checar o valor e usar a sua impressão digital para validar a compra. Se você for pagar em uma maquininha mais antiga, o S7 cria um campo magnético que se comunica com o terminal, simulando o seu cartão de credito real! No visor da máquina, é solicitado o código de verificação do cartão — e você é obrigado a digitar a sua senha.
Mas nem tudo são flores. Infelizmente o Samsung Pay não aceita todos os cartões emitidos no Brasil. Você pode ver se o seu cartão é compatível nesta página.
Os contras
Vou comentar agora duas coisas que estão me incomodando muito nessa migração do iOS para o Android.
A FALTA DO APPLE WATCH
Nos primeiros dias parecia que eu estava manco… é muito engraçado, mas só percebi o quanto eu utilizava o Apple Watch quando fiquei sem. Depois de mais ou menos uma semana, eu peguei um Gear S2 — concorrente do Apple Watch criado pela Samsung. Ele é bem bonito e executa bem o seu papel, mas ainda falta um mostrador voltado a trabalho, como é a mostrador modular do Apple Watch.
QUALIDADE DOS APPS
Para mim ficou muito claro que o maior problema do Android são os seus desenvolvedores — e eu me incluo nesse time. Infelizmente os aplicativos para Android têm uma performance bem pior do que os apps criados para iOS. Parece que os desenvolvedores não se preocupam em otimizá-los. Fiz uma lista de apps que instalei no meu Android e vou citar alguns problemas que seriam facilmente corrigidos e que deixariam a plataforma muito mais legal!
- Snapchat: quanto eu aplico filtros nos meus vídeos, o áudio perde a sincronia e o app demora muito para começar a gravar. Outro problema é que, mesmo tendo uma câmera melhor, os vídeos ficam com uma qualidade mais baixa do que no iOS.
- Facebook: o app é muito mais lento e tem um péssimo controle de cache. Por várias vezes eu tive que fechar/matar ele para atualizar o feed.
- Twitter: não encontrei nenhum app legal para ele e fui obrigado a utilizar o oficial do próprio Twitter. No começo foi bem complicado mas agora até que eu estou gostando.
- Instagram, Telegram, Periscope, Prisma, 1Password, Evernote, iFood e Uber: funcionam muito bem, assim como no iOS.
- WhatsApp: é péssimo! É inacreditável que ele faça sucesso no Android, de verdade! O app trava muito e não respeita quando você manda silenciar os grupos. E, para mim, o defeito mais grave é que você não tem como não salvar as mídias — se você receber uma foto, ela é salva automaticamente na sua galeria de fotos.
- Nubank: as notificações demoram bem mais que no iOS.
- Itau Personnalité: não consigo autenticar minha conta usando a impressão digital, enfrento problemas com o token do app e nunca consigo utilizar o pagcontas e o tokpag.
Mesmo com esses problemas, eu estou gostando muito do S7. Hoje ele é meu celular principal. Eu vendi o meu iPhone há uns 10 dias já me preparando para a chegada do “iPhone 7”. Agora vamos ver as novidades que a Apple apresentará na próxima quarta-feira (7/9), para ver se ficarei novamente empolgado. Antes, porém, a migração era de iPhone para iPhone e a base comparativa era totalmente diferente de agora que estou utilizando o Galaxy S7. Estou curioso para saber como será essa volta para o iPhone — ou, quem sabe, como será utilizar os dois aparelhos ao mesmo tempo até me decidir por algum.
Ah, e antes que eu me esqueça, aqui vai uma dica: não tenham medo de experimentar novos aparelhos e plataformas. O seu dedo não vai cair — pelo contrário, a experiência é bem divertida!
Notas de rodapé
- 1Near field communication, ou comunicação por campo de proximidade.