Essa tal maquininha parece mais um jogo de caça ao tesouro do que um computador. É como se a Apple estivesse se especializando em lançar coisas que supostamente fazem algo, mas na verdade podem fazer muito mais.
Por um lado, isso me lembra daqueles jogos de videogame em que você tinha que dar uma combinação de comandos no joystick para poder ativar funções extras e descobrir fases secretas. Por outro, incomoda um pouco ter um BMW M3 em que um chip limita o motor para não passar de 250km/h. Estou falando do MacBook Pro.
Outro dia divulgamos que o novo notebook profissional da Apple tinha a capacidade de suportar SLI com seus dois processadores gráficos e trabalhar com até 8GB de RAM. Pois alguém decidiu verificar essa capacidade da memória principal e as conclusões até o momento foram que o computador reconhece a instalação, sem, contudo, utilizá-la.
Os testes ainda estão só começando, mas já se sabe que o OS X na versão atual encontra uma “barreira” nos 4GB, sem conseguir utilizar a outra metade da RAM, o que nos leva a entender que o hardware realmente suporta o funcionamento de toda essa capacidade; quem não suporta é o software, ou seja, o sistema operacional.
Portanto, mais uma limitação para somar-se à lista de produtos “capados” da Apple. O MacBook Pro pré-unibody tinha um chip de vídeo GeForce 8600M GT (GT aqui significando “Getting Toasted”…) que podia realizar a decodificação de vídeos codificados em H.264 de alta definição para melhorar o desempenho, algo não utilizado até agora — e, pelo visto, até nunca. A capacidade de usar os dois chips gráficos do novo MBP existe, sem poder ser utilizada. E a história da RAM que reconhece, mas não aceita…
Será dessas desculpas esfarrapadas que se utilizarão para justificar um Snow Leopard em breve?