Conforme esperado, a Apple anunciou hoje a sua nova linha de notebooks profissionais, o MacBook Pro.
Ao falar sobre ele, Phil Schiller, vice-presidente sênior de marketing mundial, comentou uma série de melhorias realizadas na sua construção, mas a principal delas é a barra OLED acima do teclado, destinada a habilitar diversas funcionalidades contextuais a partir dos aplicativos em execução.
Parte das novidades são otimizações nas suas dimensões e peso. O produto continuará à venda em modelos de 13 e 15 polegadas. O primeiro é 17% mais fino (são 14,9mm de espessura, contra os 18mm do anterior) e pesa 1,36kg. Já o segundo saiu de 18mm para 15,5mm de espessura, ou seja 14% menos (com 20% menos volume), pesando 1,81kg.
Os teclados das máquinas foram atualizados para o método de construção empregado no MacBook atual, com mecanismo borboleta (de segunda geração, segundo Schiller) e teclas de maior dimensão. Além disso, foi possível aumentar as dimensões do trackpad com Force Touch (2x maior que nos modelos anteriores).
Touch Bar
É o nome da tão falada barra OLED, que está chegando para substituir as teclas fixas de função no teclado dos notebooks da Apple. Além de permitir comandos sensíveis ao contexto do aplicativo em uso, ela também abriga um sensor Touch ID, situado à direita.
O sensor foi construído com a tecnologia de segunda geração empregada nos iPhones 6s/6s Plus, coberto com cristal de safira e conectado a um novo chip T1 na placa lógica dos notebooks. O T1 é o dispositivo que embarca a Secure Enclave para armazenamento da digital do usuário, tornando viável o desbloqueio da máquina e o uso com o Apple Pay, através da mesma tecnologia de proteção dos iPhones e iPads.
Essas são funcionalidades triviais habilitadas até hoje pelo Touch ID. Mas no novo MacBook Pro, ele também foi integrado à troca rápida de usuários. Ou seja, cada usuário do computador pode registrar suas digitais em partições diferentes da Secure Enclave e, ao reconhecer um determinado acesso, o macOS alterna automaticamente para o perfil do usuário correto, sem a necessidade de selecioná-lo em tela.
Nos apps do sistema operacional e outros produzidos pela Apple, foram incorporadas diversas funções à Touch Bar. Alguns terceiros também foram convidados para apresentar suas experiências de integração, que serão abertas para todos os desenvolvedores de aplicativos para Mac.
Cada aplicativo com suporte a Touch Bar permite total personalização do que você deseja que apareça na barra de comandos. E claro: durante a digitação, você pode acessar emojis rapidamente por meio dela. 😉
Hardware
Diferentemente dos MacBooks, os novos MacBooks Pro continuam a usar ventoinhas (e são duas, a partir de agora). Temos opções de configuração com processadores Intel Core i5 e i7, de sexta geração. Apesar da redução nas dimensões, a duração da bateria permanece igual, por até 10 horas.
Falando de gráficos, os modelos de 13 polegadas trazem a GPU Intel Iris integrada, com o dobro da performance da geração anterior. Para o MacBook Pro de 15 polegadas, estão disponíveis algumas opções da família ATI Radeon Pro (Polaris) com até 4GB de memória dedicada e até 2,5 vezes mais performance.
Na parte de periféricos, teremos acesso a SSDs mais velozes (3,1GB/s de banda) com 2TB de capacidade de armazenamento (máximo) e 4 portas Thunderbolt 3 (em cada modelo, tanto de 13 quanto de 15 polegadas), com suporte a USB 3.1 e DisplayPort 1.2. Não haverá MagSafe 2 dedicada, mas por outro lado, todas elas servem para recarga da bateria.
A tela Retina permanece nas mesmas resoluções anteriores para os dois modelos, mas é 67% mais brilhante e conta com contraste 67% maior e uma maior variedade de cores (25% a mais relação ao modelo anterior). E não, a Apple não tirou a interface de áudio para fones de ouvido. 😝
Preço e disponibilidade
O MacBook Pro de 13 polegadas será vendido em duas edições, com e sem a Touch Bar (e o Touch ID), enquanto o seu irmão maior, de 15 polegadas, será equipado com a grande novidade por padrão. Ambos começam a ser vendidos a partir de hoje em duas cores (prateada e cinza espacial), por respectivamente US$1.500, US$1.800 e US$2.400 — aqui no Brasil por R$11.500, R$13.900 e R$18.500.