Um dos compositores mais prolíficos do mundo do rock, Neil Young não foge de uma polêmica: há mais de um ano, ele criticou barbaramente a qualidade dos serviços de streaming como o Apple Music e retirou de todos eles — exceto do TIDAL, que tem uma versão HiFi — o seu catálogo musical inteiro.
Há quem diga que foi nada mais que uma jogada de marketing para promover o seu tocador digital de alta fidelidade (ou não) PonoPlayer e a PonoMusic, sua loja correspondente, mas quem sou eu pra julgar um dos maiores músicos do século XX, certo?
O fato é que a estratégia de Young parece não ter dado muito certo, já que toda a sua extensa produção parece ter voltado ao Apple Music, ao Spotify, ao Deezer e a companhia limitada. Assim, obras-primas como o álbum Harvest, de 1972, já podem ser escutadas novamente por assinantes de todos os grandes serviços de streaming.
Ainda não se sabe exatamente o que fez o músico mudar de ideia (imagino que dinheiro ele tenha de sobra), mas para o mesmo indivíduo que há pouco mais de um ano afirmou que não precisava que sua música fosse “desvalorizada pela pior qualidade na história da transmissão ou qualquer outra forma de distribuição”, me parece que Young passou por uma bela epifania neste meio tempo. Talvez ele tenha se convencido de que a acessibilidade está acima da qualidade, no fim das contas?
(P.S.: Como vocês podem ter notado, este que vos escreve é um grande fã do velho Neil. Podem cornetá-lo à vontade abaixo, mas para cada comentário negativo eu responderei com uma boa música do cara — afinal, Rock and Roll can never die.)
[via Cult of Mac]