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Crianças viciadas em smartphones

Com medo do impacto negativo em crianças, investidores da Apple pedem reforço dos controles parentais nos seus dispositivos

O impacto do uso excessivo de dispositivos móveis como smartphones e tablets é um assunto muito discutido nos dias atuais, quando parece que ninguém consegue sobreviver por mais que cinco minutos sem olhar para a tela do celular. A influência negativa desse tipo de fenômeno é ainda mais preocupante nas crianças e adolescentes, que, desde cedo, podem criar um vício deveras difícil de superar e que pode trazer impactos negativos para seu desenvolvimento e relações interpessoais.

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É com essa preocupação em mente que dois investidores importantes da Apple publicaram online uma carta aberta pedindo que a empresa considere aumentar as opções de controle parental nos seus dispositivos e reflita sobre seu papel numa “crise crescente de saúde pública”, referente ao vício em dispositivos móveis.

Intitulada “Think Differently About Kids” (“Pense Diferentemente Sobre Crianças”) e assinada pela Jana Partners LLC e pelo California State Teachers’ Retirement System — organizações que, juntas, possuem cerca de US$2 bilhões do total de ações da Apple —, a carta lista algumas da “crescente lista de evidências” de que o uso excessivo de smartphones e tablets pode estar levando a consequências negativas não-intencionais na mente de jovens ao redor do mundo.

Alguns dos estudos citados na carta, inclusive, apontam para tendências extremamente preocupantes; um deles, por exemplo, do psicólogo e professor da Universidade de San Diego Jean Twenge, afirma que jovens dos EUA que passam mais que três horas por dia interagindo com dispositivos eletrônicos têm um fator de risco de suicídio bem maior que aqueles que usam os aparelhos por uma hora ao dia ou menos.

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Os investidores afirmam também que a consciência da sociedade sobre o problema está se espalhando e, eventualmente, caso ele chegue a um ponto crítico, a crise poderá afetar diretamente a Apple — cuidar da questão agora, portanto, seria uma forma de prevenir essa crise. Afinal, segundo eles, colocar a responsabilidade desse controle totalmente nas mãos dos pais e responsáveis seria não fazer o suficiente, considerando que todo o conteúdo dos dispositivos, especialmente as redes sociais, é criado especificamente para ser viciante e utilizado pelo máximo tempo possível.

As empresas — no caso, a Apple —, portanto, precisam oferecer ferramentas mais robustas de controle para que os pais possam agir de forma mais contundente, afirmam os investidores.

Especificamente, a carta pede que a Maçã adicione novas ferramentas para que os responsáveis pelas crianças e jovens controlem melhor o seu uso do dispositivo, como recursos para limitar o tempo de tela ligada ou as horas do dia em que isso pode acontecer — como o próprio Steve Jobs fazia, aliás — e controlar o que pode ser acessado no aparelho com base em conteúdo ou idade, bem como uma forma de monitorar o total de horas de uso. Outra sugestão é que a Apple nomeie um executivo para dedicar-se à administração do problema, pensando em novas soluções para ele e publicando relatórios anuais de avanço na questão.

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A Apple não comentou o assunto, mas, dada a repercussão da carta, podemos ter certeza de que seu conteúdo já está circulando na nave espacial da empresa lá em Cupertino. O que vocês acham: esse é realmente um problema que a Apple tem que cair em cima com unhas e dentes ou a responsabilidade é pura e exclusivamente dos pais e responsáveis? Deixem suas opiniões logo abaixo.

via MacRumors

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