Muito provavelmente você não lembra, mas em junho passado a Apple foi considerada culpada por um tribunal chinês de infringir patentes de uma empresa local. O caso gira em torno do design do iPhone 6, que supostamente seria uma “cópia” do aparelho 100C, da Shenzhen Baili (que está insolvente, diga-se — sem dinheiro para pagar o que deve). Resultado: as vendas do aparelho foram interrompidas — o que atualmente nem é lá o grande problema, já que a Apple parou de comercializar oficialmente o iPhone 6 após o lançamento do 7.
Ontem, 7/12 (quarta-feira), a Apple se defendeu das acusações. A Maçã argumentou que o Escritório de Propriedade Intelectual de Pequim desafiou a convenção legal na decisão ao proibir as vendas do iPhone 6 no país. A advogada Yang Pu disse que banir as vendas dos iPhones 6/6 Plus por conta de similaridades de design com o aparelho 100C, da Shenzen Baili, foi “infundado e irracional”. Ela argumentou ainda que o design do iPhone 6 conta com 13 diferentes técnicas de construção se comparado às patentes da empresa chinesa e que os consumidores conseguem distinguir os aparelhos claramente.
Após quase oito horas de julgamento, o Tribunal de Propriedade Intelectual de Pequim não forneceu um veredito (ou seja, o banimento continua valendo).
O grande medo da Apple, imaginamos, é ver a Baili conseguir expandir o caso e incluir os iPhones 6s/6s Plus na jogada (aí o prejuízo poderá ser real, já que os aparelhos continuam sendo comercializados).
A patente de design do 100C é de março de 2014. Curiosamente, foi nesta mesma época que começaram a vazar imagens do que poderia ser o iPhone 6. A grande aposta é que a Baili simplesmente pegou esse material que surgiu na internet e se esforçou para lançar um produto antes da Apple, com visual semelhante, a fim de ter essa “vantagem” nas mãos — obviamente, a chinesa nega veementemente ter feito isso.
[via AppleInsider]