Nós já falamos bastante aqui sobre a polêmica envolvendo o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o decreto o qual bane do país imigrantes do Irã, do Iraque, da Síria, do Sudão, da Somália, do Iêmen e da Líbia (países cuja população é, em sua maioria, muçulmana) — inclusive os que possuem green card e vistos H-1B.
A Apple já deixou claro que não apoia essa política e planejava, junto a outras muitas empresas, enviar uma carta a Trump se manifestando de forma oficial contra a ação.
Pois agora, junta a outras 96 empresas (entre elas Airbnb, Autodesk, Dropbox, Facebook, Foursquare, GitHub, Google, GoPro, Intel, Microsoft, Mozilla, Netflix, PayPal, Pinterest, Snap, Spotify, Twitter, Uber e outras fora do mercado de tecnologia, como Levi e Chobani), a Maçã entrou com um processo judicial condenando a ordem executiva do presidente americano, intensificando a crescente oposição da indústria como um todo à política. Na verdade as empresas se juntaram como amicus curiae (amigos da corte) ao caso aberto pelos Estados de Minnesota e Washington, os quais estão desafiando a ordem executiva de Trump.
Como era de se esperar, as empresas enfatizam a importância dos imigrantes na economia e na sociedade como um todo. “Os imigrantes fazem muitas das maiores descobertas da nação e criam algumas das empresas mais inovadoras e icônicas do país. Os Estados Unidos há muito [tempo] reconhecem a importância de nos protegermos contra aqueles que nos fazem mal. Mas fizemos isso mantendo o nosso compromisso fundamental de acolher os imigrantes — através de um maior controle de antecedentes e outros controles sobre as pessoas que procuram entrar no nosso país.”
Na sexta-feira (3/2), James Robar, um juiz federal de Seattle, ordenou a suspensão do decreto. O Departamento de Justiça dos EUA, então, entrou com um pedido de restauração imediata do banimento, o qual foi negado por uma Corte de Apelações (Nono Circuito de Apelações em San Francisco). O responsável pelo julgamento pediu para que os Estados de Minnesota e Washington forneçam a documentação detalhando a oposição ao recurso governamental até a noite desta segunda-feira (6/2); o Departamento de Justiça, por sua vez, deverá apresentar documentos que sustentem sua posição.
[via Bloomberg, TechCrunch, O Globo]