As estratégias das empresas que competem no mercado de smartphones são bem distintas: algumas preferem focar no mercado premium de forma global; outras preferem se regionalizar e comercializar aparelhos apenas em determinados mercados; tem aquelas que optam por concorrer numa faixa de preço menor; e, é claro, as que lançam o máximo possível de aparelhos, em qualquer categoria, de forma global.
Fato é que, hoje, apenas Apple e Samsung conseguem lucrar neste competitivo mercado — e com estratégias totalmente distintas. O gráfico abaixo, criado pelo Statista, não deixa dúvidas:
Em um extremo temos a Samsung com 31 aparelhos lançados em 2016; no outro, a Apple com apenas 3 modelos apresentados no ano passado (iPhone SE, iPhone 7 e iPhone 7 Plus).
É impossível dizer qual é a abordagem correta, já que a Samsung e a Apple são excepcionalmente bem sucedidas no que estão fazendo. Ser bem sucedida com a estratégia de menos-é-mais da Apple é, sem dúvida, mais difícil, pois aumenta a pressão em cada novo modelo para ele ser um sucesso. Por outro lado, nenhuma empresa entende tão bem como criar mistério e expectativa em torno de seus produtos como a Apple. O fato de os rumores sobre o iPhone 8 começarem a aparecer semanas após o lançamento do iPhone 7 é um testamento para isso.
De fato, é complicado dizer que a estratégia da Apple ou a da Samsung é a mais correta. Cada uma se encaixa perfeitamente dentro da respectiva proposta das companhias.
Obviamente, eu prefiro muito mais a da Maçã; me agrada saber que os engenheiros, designers e especialistas da empresa estão focados, tentando fazer o melhor possível para entregar um, dois, três aparelhos (com poucas diferenças entre eles); quando você *precisa* lançar dezenas de modelos para bater a meta fiscal, muito provavelmente alguma coisa se perde nesse processo (o problema no Galaxy Note7 é um exemplo disso, já que a falha na bateria teria sido uma consequência da pressão da diretoria para que o celular fosse lançado o mais rápido possível).
[via Business Insider UK]